Lendas CIMTB: Abraão Azevedo

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Compreender o ciclismo tão bem em seus diferentes aspectos é uma consciência difícil de alcançar, sobretudo para quem teve tantas vitórias no nível mais alto do esporte. Abraão Azevedo enxerga a bike como um “instrumento de autonomia ampliada”, em que o ciclista expande os limites de onde pode chegar física e mentalmente. Abraão é o convidado desta edição da série Lendas CIMTB.

“Antes de tudo, a bicicleta tem mais de um aspecto, e um deles não tem nada a ver com competição. É uma ferramenta leve, que você consegue carregar e te permite acessar lugares e distâncias inviáveis de outras maneiras. Então, antes de tudo, a bike é meio de transporte”, avalia Abraão, que descobriu essa liberdade com oito anos de idade.

Das voltas ingênuas de criança na em Formosa, sua cidade natal, ele tirou várias lições técnicas úteis até hoje, com 50 anos de idade. “A gente costumava tirar o freio das bicicletas, às vezes com, às vezes sem. Isso me ajudou a ter um controle maior desde o início”, lembra. Com 15 anos, ele se muda para Brasília e continua a usar o pedal como meio de transporte para trabalhar e estudar. Já empregado na aeronáutica, Abraão começa o curso de psicologia, mas depois de se frustrar algumas vezes com o carro que havia comprado, decide vendê-lo e investir em uma mountain bike. “Passei a andar mais, e um amigo meu que competia me falou na época que eu tinha que correr de qualquer jeito”, conta.

A relação de Abraão com o ciclismo profissional começou em 1994 depois desse convite e não acabou até hoje, um casamento pontilhado de vitórias. Abraão venceu todos os títulos nacionais de XCO e XCM, incluindo a geral da CIMTB Michelin, além de um ouro no Panamericano na Elite em 1998 e o mundial de XCO na Master em 2011. Isso tudo sem falar no tetracampeonato na maior ultramaratona do mundo, o Cape Epic. “Mas, na verdade, o meu maior resultado é a minha saúde”, diz.

“Falar de um atleta como o Abraão é um prazer e é sempre uma honra recebê-lo na CIMTB Michelin. Ele tem uma carreira vitoriosa e continua sendo uma referência para muitos atletas. Fico feliz dele ter escolhido o caminho do compartilhamento de seus conhecimentos pois teve e tem muito a acrescentar para o crescimento do ciclismo brasileiro. Quem convive com ele sabe que é a educação e humildade em pessoa. Mas não se engane, pois na pista é um “monstro””, comenta Rogério Bernardes, Organizador da CIMTB Michelin.

Abraão tem um jeito diferente de encarar o ciclismo, ainda no início da carreira, largou a psicologia e foi cursar educação física. “continuo sempre estudando até hoje”, completa. Testar equipamentos, treinamento e novas formas de conseguir desempenho é outra habilidade que começou a ser desenvolvida há décadas. Abraão já trabalha com o medidor de potência há 21 anos. “Isso é uma outra vertente importante do ciclismo para mim. O equipamento, a tecnologia para mim sempre foram muito interessantes”, comenta.

Transição para a ultramaratona

E essa sabedoria foi muito útil durante a transição do atleta do cross-country para a ultramaratona. “Para mim, essa mudança foi uma renovação da motivação”, lembra do período em que correu pela primeira vez uma ultra no Brasil, em 2010.

“Nesse momento, eu aumentei meu volume de treinos em mais ou menos 20%. Mas a maior diferença é a musculação, que passou a ser muito importante. Muita gente acha que maratona é treinar por horas a fio, mas é um cronograma muito particular. Cada pessoa funciona de um jeito. As coisas podem servir para um e não servir para o ouro”, explica.

Abraão também é treinador na A a Z, assessoria que fundou para difundir a quantidade enorme de conhecimento que acumulou na sala de aula e nas pistas. “A cada dia, a empresa toma mais o meu tempo. Nosso foco é desenvolver um treino que eleve a qualidade de vida do atleta, de acordo com suas características pessoais. Temos muitos atletas da master, mas também algumas promessas, como o campeão brasileiro Júnior de 2020, o Cainã”, conta.

Novos atletas

Assim como outros treinadores, ele percebe a tendência de que há um crescente no número de pessoas pedalando e buscando fazer um pedal saudável.  Com o fechamento das academias, a bike passou a ser uma opção acessível para manter a saúde. De acordo com a avaliação dele, esse é um fenômeno real que aconteceu aqui no Brasil e em vários países. “Em alguns lugares, ouvi falar que as bicicletas precisam ser encomendadas para outubro, de tanta demanda”, conta.

Muita gente começou como Abraão, usando a bicicleta em uma de suas infinitas utilidades: para se locomover. Mas, é inevitável que uma parte dessas pessoas conheça o mountain bike como esporte e invista em treinamento, equipamentos, e eventualmente participe de competições. E é preciso que quem já tem experiência esteja preparado para receber essa nova safra de atletas.

“O mountain bike é um esporte complexo. Temos que estar preparados para incluir essas pessoas de forma acessível. Montar treinos e orientar um novo atleta é uma arte. Existe a parte técnica, a ciência é muito importante, mas também tem a experiência e a compreensão de que cada pessoa é uma, e que traçados diferentes podem chegar no mesmo lugar. A pergunta certa é: qual o melhor caminho para cada pessoa?”, conclui.

Lendas CIMTB Michelin: Roberta Stopa

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Ser campeã nacional de qualquer modalidade do mountain bike já é motivo para se tornar uma lenda. Mas usar a camisa de melhor brasileira no cross-country, maratona e downhill, é um feito que apenas duas mulheres conquistaram na história do país, e uma delas é Roberta Stopa, a convidada desta edição da série Lendas CIMTB Michelin.

A coleção de resultados de Roberta não ficou restrita ao território nacional. Foram três medalhas de bronze em Panamericanos, sete top 10, duas participações em Copas do Mundo de XCO e quatro em mundiais. Um currículo desses só pode ser conseguido por alguém muito apaixonada pelo que faz.

“A primeira vez que eu me interessei por uma bicicleta foi na sala de aula, em 1994. Eu tinha 14 anos e vi o Márcio Ravelli numa mountain bike na capa do caderno de um amigo. Era a junção de speed com bicicross. Eu achei aquilo genial”, conta Roberta. Ela lembra que foi com os colegas a uma competição de MTB em Juiz de Fora, sua cidade natal, para conhecer melhor o esporte. “Eu pensei na hora ‘eu quero fazer esse negócio aí’”, ri.

Com bicicletas emprestadas no início, ela começou a pedalar na região até participar da primeira competição, e chegar em segundo lugar, com direito a prêmio em dinheiro. “Eu pensei que era uma ótima oportunidade para fazer algo que eu adorava e ainda poderia ganhar dinheiro com isso”, conta.

Em 1995, ela faria 15 anos, e a família planejava uma festa de comemoração, como era o costume da época. Mas Roberta já enxergava seu futuro no mountain bike, e contra as tradições pediu que a festa fosse substituída por uma bicicleta profissional. “Eu tive que convencer meu pai para que ele convencesse minha mãe a fazer essa troca”, lembra Roberta.

Os resultados já apareceram no ano seguinte, quando foi campeã mineira de downhill e XCO. Em 1997, ainda na categoria Júnior, correu o campeonato mundial de XCO em Châteaux D’Oex, na Suíça, com um 15º lugar muito expressivo.

A partir de 1998, Roberta foi contratada por uma equipe profissional, com patrocínio e um salário. Isso trouxe mais responsabilidade e objetivos mais claros, combinação que resultou em muitos títulos de lá para cá, incluindo a vitória na classificação geral da CIMTB Michelin em 2011.

Roberta Stopa e Rubens Donizete comemoram o título brasileiro de mountain bike XCO em 2012

Com toda essa experiência, Roberta completou um ciclo em 2020, quando fez 40 anos e realizou a transição para a categoria Master. “Corri profissionalmente como atleta de elite até 2019, quando completei 25 anos de carreira. Eu coloquei na minha cabeça que quando eu fizesse 40 anos, eu ia para a master para conquistar algumas coisas que eu ainda não tenho”, avalia. Atualmente ela é a líder da temporada 2020 da CIMTB Michelin na Master e pretende buscar pelo ouro no Panamericano e Mundial.

Ela explica que a mudança traz uma certa liberdade para o atleta, é um peso a menos na hora de competir. “É muito interessante porque ao mesmo tempo, você nunca perde aquela chama de atleta profissional, aquela vontade de buscar por novos títulos nunca acaba”, conta Roberta, que participou de uma competição recentemente, conta que a idade nem sempre atrapalha o rendimento. “Corri mais livremente e andei melhor que quando eu estava na elite, meus números têm melhorado e estou muito, mas muito próxima da minha performance na elite”, compara.

Segundo Rogério Bernardes, organizador da CIMTB Michelin, “ver a Roberta alinhando novamente no evento trouxe muitas lembranças boas. Ela sempre foi excelente atleta e muito competitiva. Lembro quando ela ganhou uma passagem ida e volta para a Copa do Mundo no Canadá e EUA como prêmio pela vitória no XCC (short track) anos atrás em Araxá”. 

Mulheres no futuro do MTB

Olhando para trás, a reflexão é a de que o contexto do mountain bike em geral cresceu muito no país, e sobretudo para as mulheres. “Comparando com os anos 2000, a gente não tinha estrutura. Às vezes largava eu e mais três mulheres. Essa distorção acaba acontecendo por falta de investimento”, comenta.

Ela lembra que só passou a treinar com um treinador profissional em 1997, ano em que correu o mundial pela primeira vez. “Naquela época ainda não tinha muito isso, e a maioria das atletas fazia várias modalidades”, explica Roberta.

Mas, segundo ela, as coisas têm mudado. “Hoje eu vejo que isso está completamente diferente. Existem equipes nacionais investindo no esporte e nas mulheres. Outra questão foi a divisão de categorias femininas, que deu ânimo pra muitas começarem a competir”, diz. Porém, mesmo com a evolução, Roberta acredita que ainda é preciso melhorar e investir no intercâmbio.

Mesmo com esse aumento, ela avalia que ainda são poucas mulheres competindo no Brasil, o que não deve demorar a mudar. Como treinadora e personal biker, ela percebeu uma tendência durante a pandemia. “É impressionante como cresceu o número de mulheres pedalando. A busca foi imensa no último ano. Acho que a gente só precisava de uma oportunidade. Eu acho que a partir do momento que tiver a primeira prova de mountain bike sem riscos, vai explodir a categoria feminina”, prevê.

“Com o novo formato de provas da CIMTB Michelin a ideia é continuar abrindo cada vez mais espaço para as mulheres. Tem a parte competitiva com foco no XCO mas uma competição que é a Copa Sense CIMTB de Maratona com foco nas iniciantes e amadoras. A expectativa é ver as mulheres invadindo as pistas por todo lado. Inclusive, a partir deste ano, a largada da categoria feminina será separada da masculina, uma demanda do público feminino que conseguimos atender”, completa Rogério Bernardes.

Teste de Covid-19 será obrigatório na Grande Final da CIMTB 2020 em Carandaí

Organização firmou parceria com o laboratório Wezai para fornecer os testes com valores especiais. O exame detecta todas as variantes do vírus.

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Todos que forem participar da grande final da CIMTB Michelin 2020 (atletas, acompanhante, expositores, organização, fornecedores, etc.) serão obrigados a fazer o teste COVID-19 na entrada do evento, que será realizado em Congonhas, de 2 a 4 de julho, na pista da Fazenda Sossego, emm Carandaí. O teste terá um desconto de 50%, viabilizado pela parceria da CIMTB Michelin com o laboratório Wezai. 

Para adquirir o teste cada pessoa deve entrar no site www.cimtb.com.br, clicar em ADQUIRIR TESTE COVID-19 e seguir o passo a passo. Cada teste custará R$65 mais a taxa de R$ 4,00 e pode ser pago no cartão de crédito, PIX ou boleto. Além do pagamento antecipado, cada participante deverá levar preenchida a ficha do Ministério da Saúde, que é obrigatória, que está disponível para download no momento da compra do teste. 

No local do evento, a organização montará uma estrutura para realizar esses testes, com áreas pré e pós-testagem. Caso tenha o resultado negativo para o vírus, ela receberá uma pulseira para ter acesso aos três dias de evento, passando pela barreira sanitária com controle de temperatura e deverá seguir os protocolos com uso de máscara, cobrindo nariz e a boca, e higienizando as mãos com frequência. Quem testar positivo fará um exame de redundância, pago pela organização do evento. Caso seja confirmado o positivo, a pessoa será encaminhada às autoridades sanitárias da cidade para os devidos cuidados.

A ideia, de acordo com o diretor técnico da empresa e biomédico, Wellington Lellis, é criar um ambiente seguro, com o número de focos de contaminação reduzidos ao mínimo. “O teste, que é fabricado no Canadá e na Alemanha, detecta quem está transmitindo o vírus. Como vamos testar 100% da população do evento, teremos esse controle quase que total”, explica.

O teste é importante, de acordo com ele, porque mais de 80% das pessoas que transmitem o COVID-19 são assintomáticas. Portanto, elas não sabem que estão contaminadas e acabam transmitindo para familiares e contatos próximos. “É uma tecnologia de ponta, capaz de identificar todas as variantes com um nível altíssimo de acerto”, conta o diretor de operações da Wezai, Ralfer Zaidan.

“O teste garante que você não teve contato com o vírus até os três dias anteriores. Então existe a probabilidade mínima de o paciente ter se contaminado na véspera do evento. Por isso, nós vamos manter todas as medidas profiláticas durante o evento, e orientar as pessoas a manterem os protocolos enquanto não estiverem no ambiente controlado”, explica Wellington.

A operação dos testes estará à disposição do público a partir de quinta-feira, 1º de julho, para adiantar o processo de quem não quiser se arriscar e fazer o protocolo em cima da hora nos dias das competições. Sexta os testes serão das 9h00 às 18h00. No sábado, a estrutura para os testes estará disponível a partir das 6h30 por causa da largada das mulheres às 9h00 e vão até 18h00. Já no domingo os testes vão das 6h30 às 10h00 e, a partir deste horário, nenhuma pessoa que não fez o teste poderá entrar no Parque Ecológico da Cachoeira. 

Para o organizador da CIMTB Michelin, “montar essa logística para proporcionar um evento com a máxima segurança e qualidade é um grande desafio. Mas é necessário nestes novos tempos que estamos vivendo. Para nós o grande desafio é ter a confiança das pessoas que o evento vai marcar um novo momento de retomada das atividades esportivas. Mas o sucesso dependerá de todos que estiverem participando usando máscaras, mantendo o distanciamento, evitando abraços, higienizando as mãos, etc.”. 

Principais dúvidas e respostas que surgiram após a confirmação da realização dos testes de COVID-19 na CIMTB Michelin:

  1. Posso levar o resultado do exame feito em outro laboratório no dia do evento e não fazer o teste no local do evento?
    Não pode. Todos deverão fazer o teste na entrada do evento
  2. Eu já vacinei com duas doses de COVID-19. Preciso fazer o teste?
    Sim. Todos deverão fazer o teste mesmo quem tomou uma ou duas doses da vacina. A pessoa que tomou a vacina pode ser portadora do vírus e estar assintomática, sendo transmissora para outras pessoas. 
  3. Só os atletas devem fazer os testes?
    Não. Todas as pessoas que participarem do evento e tiverem que entrar no Parque Ecológico da Cachoeira serão obrigadas a fazer o teste. Expositores, fornecedores, funcionários do parque, funcionários da Prefeitura Municipal, imprensa, equipe da organização do evento, atletas, acompanhante do atleta, etc.)
  4. Sou atleta e quero levar toda minha família para o evento. Posso?
    Não pode. Cada atleta pode levar no máximo um acompanhante para o evento. Mas caso um amigo seu esteja participando sem levar acompanhante, ele pode levar alguém da sua família. 
  5. A categoria Mirim, para crianças até 11 anos, vai acontecer?
    Infelizmente não. Em função do protocolo a categoria Mirim foi excluída neste momento do evento. Como normalmente nessa categoria a família participa em peso ela estaria fora das diretrizes do protocolo.
  6. Vou competir e levar meu filho comigo.Ele deverá fazer o teste?
    Depende da idade. Crianças a partir de 6 anos serão obrigadas a fazer o teste.
  7. Como é o teste? Sangue ou nasal?
    O teste é feito pelo nariz. É rápido de fazer e não causa dores.
  8. Posso pagar o teste no local do evento?
    Não recomendamos. Quem deixar para pagar no local do evento terá que enfrentar duas filas sendo uma para pagar e outra para fazer o teste. Será muito mais fácil e rápido adquirir os testes antecipadamente pelo site. Além disso, no local do evento o pagamento só será aceito com cartão de débito. 
  9. Posso fazer o teste no dia da minha prova?
    Não recomendamos, mas se não tiver outra alternativa, chegue cedo para fazer o teste. Não atrasaremos as largadas se algum atleta estiver no procedimento dos testes.
  10. Quanto tempo demora o teste?
    O teste, depois de coletado, pode ter seu resultado variando entre 15 e 30 minutos, mas não podemos esquecer do tempo gasto nos procedimentos pré testes. O mais importante é que todos tenham o formulário do Ministério da Saúde preenchido e assinado, documento com foto e comprovante de pagamento em mãos. Isso vai agilizar demais a velocidade de todo o processo. 
  11. Como será a logística dos testes?
    Teremos uma fila para todos os atletas e acompanhantes e outra para expositores e organização que estiverem comprado os testes pela internet. Quem não comprou pela internet deve pegar a fila para pagar e depois se dirigir a outra fila para fazer os testes. Antes de fazer os testes, cada pessoa deverá entregar o questionário do Ministério da Saúde preenchido e assinado. NÃO ESQUEÇA DE LEVAR ESTE QUESTIONÁRIO IMPRESSO POIS É OBRIGATÓRIO. Depois de fazer o teste, teremos uma outra área pós teste para as pessoas aguardarem os resultados que saem com cerca de 15 minutos. LEMBREM-SE: Uso de máscara obrigatório o tempo todo. Com o resultado negativo a organização colocará uma pulseira identificando que o teste foi negativo. Não retire a pulseira pois sem ela não será possível entrar nos demais dias, até domingo. 

Ralfer e Wellington participaram da edição #100 do podcast da CIMTB Michelin. Para ter mais informações sobre esse assunto, clique aqui e ouça a conversa.

Copa Internacional Michelin de Mountain Bike comemora 25 anos

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Pouquíssimos esportes evoluíram tanto nos últimos 25 anos quanto o mountain bike. De 1996 para 2021, deixou de ser uma prática de nicho para ocupar um espaço de destaque no mercado global. Em 2018, a indústria do MTB foi avaliada em US$ 7,38 bilhões, com a previsão de atingir US$ 10 bilhões em 2026.

Pódio do Pedra do Sino Open, em 1996.

Em 1996, nasce a Copa Internacional de Mountain Bike em Pedra do Sino, no município de Carandaí, em Minas Gerais, com o nome de Pedra do Sino Open. No mesmo ano, o MTB se tornou modalidade olímpica, o que impulsionou a popularidade e o número de praticantes.

Ainda nos primeiros anos, a competição já atraía os melhores atletas do Brasil. Os vencedores desta primeira edição foram os consagrados Ivandir de Souza Cruz na categoria masculina e Jaqueline Mourão na feminina.

Em 1999 se tornou Copa Ametur de Mountain Bike, que se destacou no cenário nacional por ser uma das únicas competições por etapas do país, com campeões como Adriana Nascimento (2002) e Márcio Ravelli (2001). A atenção com os atletas, patrocinadores e com o público elevou a Copa Ametur a um dos campeonatos mais disputados do país.

Em 2004, o evento se consolidou como Copa Internacional de Mountain Bike, campeonato que mais distribui pontos para o ranking mundial da América Latina e segundo no mundo, e referência para o calendário de qualquer competidor de MTB. A seriedade e a capacidade de realizar eventos com qualidade para famílias, amadores e atletas profissionais até hoje é a marca da CIMTB Michelin.

Rogério Bernardes organiza a largada na pista da CIMTB Michelin em Petrópolis, 2019. Foto: Ney Evangelista.

A organização da CIMTB foi convidada para realizar a etapa de abertura da Copa do Mundo de Cross-Country 2022, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Essa conquista eleva o patamar do Brasil como uma das potências do mountain bike mundial, e marca o início de um novo ciclo para o esporte no Brasil. “Este é um momento muito especial para o mountain bike brasileiro. Vamos fazer um evento inesquecível para todos os envolvidos, desde as transmissoras de TV até as famílias que forem acompanhar as corridas. Queremos que a Copa do Mundo não saia nunca mais do Brasil”, comenta Rogério.

Para comemorar esses 25 anos de história vamos publicar fotos, textos, vídeos sobre essa jornada. Acompanhe nossos canais para receber esses conteúdos em primeira mão.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

 

Saiba o que é necessário para participar da Copa do Mundo de XCO no Brasil em 2022

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

A Union Cycliste Internacionale (UCI) possui algumas regras de pontuação para a participação de atletas na Copa do Mundo de XCO. Como o Brasil sediará a abertura do campeonato, o organizador da Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin), Rogério Bernardes, conversou com a comissária da UCI e da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), Regina Barbieri, para falar sobre essas mudanças e esclarecer outras dúvidas.

A entrevista ocorreu na edição #99 do podcast da CIMTB Michelin. Para acessar o episódio completo, basta procurar por “cimtb” no seu app de podcasts favorito.

Vale a pena lembrar que, para Petrópolis em 2022, vale a pontuação conquistada no calendário de 2021, portanto, a corrida para atingir os critérios já estão valendo. “Araxá deve ser o foco para quem planeja largar na Copa do Mundo no Brasil, em 2022”, avalia Regina. Segundo ela, a prova de XCO, que será de 30 de julho a 1 de agosto, é a única prova na América Latina que tem pontuação Hors Class, o que significa que há distribuição de pontos até o 25º colocado.

“Isso é uma grande vantagem, porque quem fica em 11º ou 15º, por exemplo, ainda consegue acumular uma pontuação boa”, explica. Ela também avisou que o Campeonato Brasileiro é uma excelente oportunidade de pontuação, sobretudo para atletas sub-23. “A UCI mudou a pontuação, e hoje, você pontua até o 10º colocado no short track do Brasileiro, sendo que, no ano passado era só até o 5º colocado. Além de ter aumentado a pontuação para 50 pontos para o primeiro, em comparação com 10 pontos no ano passado”, lembra.

Regina explicou sobre os critérios para todas as categorias que participarão de Petrópolis 2022, que são a sub-23 e a elite tanto no feminino quanto no masculino (a categoria Júnior não correrá nessa etapa). Ela lembrou ainda, que além desses critérios, os atletas devem ser filiados à CBC e aptos a pontuar no ranking internacional. “É a CBC que cadastra esses atletas, então é importante lembrar desse detalhe”.

A comissária ainda lembra que essas novas regras são revisadas anualmente pela entidade, então podem ocorrer mudanças até lá. Fique ligado nos canais da CIMTB Michelin para se manter atualizado.

Sub-23 feminina

A UCI define que existem três formas de atletas sub-23 participarem das etapas da Copa do Mundo. A primeira é fazer parte de uma equipe UCI. A segunda é ter, no mínimo, 20 pontos no ranking internacional de XCO para poderem se inscrever na corrida de Petrópolis. Atualmente são duas essas atletas, Marcela Lima e Laurien Miranda.

A terceira é ir como integrante da federação nacional. Segundo Regina, a seleção brasileira pode levar seis atletas normalmente, e como o Brasil está recebendo o evento, ganha o direito de ter mais seis competidoras em uma equipe B, somando 12 brasileiras no bolsão de largada pela seleção do Brasil, além das classificadas por pontos ou via equipe UCI. Caso as atletas não atinjam os critério da CBC, um número menor de competidoras pode ser convocado. Para saber quais os critérios para fazer parte da seleção brasileira de mountain bike em todas as categorias, acesse aqui.

Sub-23 Masculina

A entidade é mais criteriosa para esta categoria. Para alinhar em Petrópolis no ano que vem, o atleta precisa ter no mínimo 80 pontos no ranking da UCI. “É uma pontuação alta. Tanto que, atualmente, só um atleta brasileiro conseguiria largar por esse critério, que é o Gustavo Xavier”, avalia Regina. Além disso, há a possibilidade de participar pela seleção, que em Petrópolis também terá direito a 12 atletas, seis principais e mais seis por ser a sede do evento, como na feminina.

Elite feminina e masculina

O critério é o mesmo para as duas categorias. É necessário ser federado na CBC, e ter um mínimo de 60 pontos no ranking UCI para competir com a camisa da equipe, uma pontuação menor que a sub-23. Outra possibilidade é ser convidado para correr pela seleção. No caso da Elite, não existe a equipe B, portanto, o Brasil pode ter até seis atletas competindo pela seleção na categoria mais alta em Petrópolis.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Lendas CIMTB Michelin: Edivando de Souza Cruz

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Pouca gente representou o Brasil tantas vezes e tão bem nas competições internacionais quanto Edivando De Souza Cruz, o Vando, hoje atleta da equipe First, o convidado desta edição da série Lendas CIMTB Michelin. Ele competiu em 13 Campeonatos Panamericanos, 10 Mundiais e uma Olimpíada, sendo que foi o vencedor do primeiro campeonato Panamericano da história, em 1995, ainda na categoria Júnior.

Como muita gente, a relação que Vando tinha com a bike no início era de diversão. Nativo de Ilhabela, em São Paulo, um polo dos esportes de aventura, sempre foi acostumado a ver de perto as competições na região. Ele conta que começou com o mountain bike em 1993 com o objetivo de se transportar e se divertir.

“Aqui em Ilhabela, existe essa tradição de fazer provas na cidade de brincadeira, então sempre participei de eventos esportivos, mas antes de 93, ainda não tinha nada a ver com mountain bike. A minha história no ciclismo começou numa competição em Caraguatatuba, quando eu tinha 15 anos”, lembra.

Em 1994, Vando se federou e, no primeiro ano, já ficou com a vice-colocação do ranking brasileiro. Mas foi em 1995, quando foi convidado para a equipe da Caloi, que as coisas começaram a deslanchar para o atleta. “Nessa época foi quando eu fiquei mais sério com o esporte. Eu tinha meu salário e os resultados começaram a aparecer”, conta lembrando o título na categoria Júnior no Pan de 1995 e do pódio no Iron Biker em 1996. “Até hoje só tiveram dois pódios da Júnior no Iron Biker, eu e o Henrique Avancini”, reforça.

Medalha de ouro no Panamericano de MTB de 1995, em Santiago, Chile, na categoria Júnior.

Neste período ainda na categoria júnior, ele se recorda que venceu a primeira corrida em Pedra do Sino na cidade de Carandaí, em 1996. “O Vando teve uma carreira brilhante e foi uma honra recebê-lo em nossa primeira prova oficial na fazenda e em dezenas de outras que fizemos ao longo destes 25 anos. Mas desde aquela época ele já se destacava e sua vitória na Júnior mostrou isso. Um atleta muito forte e competitivo se unindo aos outros monstros da história do nosso mountain bike”, avalia Rogério Bernardes organizador da CIMTB Michelin.

Vando lembra que passou para a Elite em 2001, ano em que ficou em terceiro lugar na copa. Em 2002 ele conquista seu primeiro título na CIMTB Michelin, na época ainda Copa Ametur.

Nos anos que se seguiram, ele pode acompanhar a evolução do esporte de perto, com um contato muito próximo a várias gerações do mountain bike. “É difícil evoluir junto com o mountain bike porque é um esporte extremamente dinâmico. No anos 90 a gente tinha muito menos equipamento que hoje. Então dávamos muito mais importância para a pilotagem que hoje em dia. Hoje, tem muito mais ferramentas, informações, assessoria, suplemento, fisioterapia”, compara.

Com o crescimento do esporte nos anos 2000, o equipamento passou a ficar mais confiável e eficiente. Até que, com a entrada das transmissões de TV, o formato mudou e as competições passaram a ser mais curtas e técnicas. “A modalidade era mais endurance até então. Eram voltas de sete a oito quilômetros, com provas de mais de duas horas. Em 2009, a gente estava no mundial, quando o Nino Schurter ganhou pela primeira vez. A partir daí, entrou o aro 29 para nunca mais sair. Foi o marco desta transição”, remonta.

De acordo com ele, as pistas no Brasil, sobretudo as da CIMTB Michelin, acompanharam essa evolução, mas mantendo a acessibilidade para todos os competidores. “Por aqui, para incentivar a participação de mais pessoas, é muito importante o organizador ter essa mentalidade de que todas as categorias irão passar no circuito”, avalia.

Bases do MTB no Brasil

Medalha de Prata nos Jogos Panamericanos em Santo Domingos 2003, a primeira medalha do Brasil nos Jogos.

A CIMTB Michelin se tornou uma das referências do mountain bike e contribuiu para a formação de muitos atletas nacionais. O tamanho dos eventos, o nível das pistas e dos competidores contribuem para o destaque do Brasil no esporte atualmente. Ter competições de alto nível, com atletas estrangeiros é crucial, segundo Vando.

 

“Nós temos tido provas cada vez mais provas competitivas no Brasil, e algumas de nível internacional, como a copa. Mas eu percebo que as novas gerações precisam pensar diferente e investirem também em provas lá fora. Esse intercâmbio é fundamental”, avalia.

“Essa alavancada do Avancini foi por conta do caminho que ele traçou para a carreira dele, correndo as maiores provas do Brasil e trocando essa experiência lá fora. Muito diferente do que a gente vê nos atletas brasileiros. Agora, com a vinda da Copa do Mundo para o Brasil e a internacionalização cada vez maior da CIMTB, talvez caia a ficha das pessoas e essa realidade mude um pouco”, calcula.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Clínica Técnica CIMTB Michelin: Treinando com um potencímetro

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Poucas ferramentas transformaram tanto o ciclismo quanto o medidor de potência. A tecnologia, que chegou para os profissionais antes até que os quadros em carbono, muda completamente a forma de treinar e de competir. Com os dados, os softwares e os treinadores adequados, o atleta pode ser comparado a um carro de fórmula 1, onde a telemetria guia os limites da performance.

Ciclistas como o tricampeão do Tour de France Greg LeMond já utilizavam o equipamento no final dos anos 80 e início dos anos 90 para obter vantagens sobre os concorrentes, sobretudo no contrarrelógio. A partir dos anos 2000, o equipamento atingiu em massa o esporte de elite, e já permeava algumas camadas de amadores com mais recursos financeiros. Como toda inovação, os produtos demoram para ser democratizados, e ainda são muito caros para a maioria.

Na última década, porém, com o avanço da tecnologia, uma quantidade maior de pessoas teve acesso ao power meter, o que permitiu a criação de uma massa crítica de dados produzidos por ciclistas de diversas modalidades. A tendência é que essa nuvem de informações cresça ainda mais e continue transformando a forma de treinamento.

Para falar sobre esse assunto, a CIMTB Michelin convidou três especialistas: O tricampeão do Cape Epic e treinador a mais de 20 anos, Abraão Azevedo, o fundador da OCE Powerhouse, Hugo Prado Neto e o campeão brasileiro de XCO e campeão da CIMTB Michelin, Marconi Ribeiro.

História

Com mais de 20 anos de experiência com os medidores de potência, Hugo Prado Neto, conta que os primeiros protótipos portáteis, possíveis de serem utilizados em treinos de estrada, foram criados em 1986 pelo engenheiro-médico alemão Ulrich Schoberer, fundador da Schoberer Rad Messtechnik (SRM).

“O medidor de potência é uma tecnologia que veio antes das peças em carbono. Nos anos 90, já tinha gente no pelotão profissional utilizando”, conta. Em 1991, o time alemão de ciclismo de estrada usava pela primeira vez os equipamentos em um training camp na Suíça.

A partir de meados dos anos 2000, os medidores começaram a ser vendidos junto com os pedivela padrão das principais marcas e com a tecnologia wireless, que permitiu uma ligação direta com os computadores.

Atualmente, existem várias marcas e tecnologias diferentes, cada uma com vantagens e desvantagens em relação aos concorrentes. O mais importante, segundo Abraão Azevedo, é entender que sempre há diferença entre os aparelhos. “Existe até 2% de erro nos equipamentos que a gente recomenda. Mas o mais interessante é compreender que você vai comparar seus números com os parâmetros definidos nos seus testes, e não comparando com o de outros atletas”, lembra.

Treinando com o potencímetro

O maior benefício, de acordo com Marconi Ribeiro é a assertividade e a regularidade nos treinos. “Com a potência, é possível realizar um treino muito mais fidedigno ao proposto. A resposta da potência no computador é imediata e absoluta, enquanto os outros parâmetros como frequência cardíaca, por exemplo, são variáveis de acordo com o contexto”, explica.

Essa precisão permite aos treinadores prescreverem treinos na medida exata, com a volumetria, a intensidade e o descanso bem balanceados. Com isso, explica Hugo, é possível treinar menos, recuperar mais e performar melhor ainda. “Quanto menos tempo o atleta treina, se o treino for aproveitado a máximo, mais tempo ele tem para se recuperar. Isso faz total diferença”, lembra.

Com um indicador fixo, as outras variáveis da performance também podem ser trabalhadas com mais assertividade. “Como atleta e treinador, eu percebo que essa ferramenta me permite ‘brincar’ com os outros elementos. No sentido de testar uma configuração diferente de suspensão, de pressão de pneu, de cadência, e avaliar nos meus treinos, ou no dos meus atletas, o que é mais eficiente. Um resultado prático, por exemplo, foi durante a transição da especialidade de XCO para a de maratona, quando aumentei em 20% o volume de treinos para me adaptar às novas demandas”, explica Abraão.

Competindo com o potencímetro

Outro fator que foi completamente afetado pela chegada dos medidores de potência foi a forma de administrar o esforço durante a competição. A percepção de esforço, que era um fator definitivo nos resultados, passou a ser controlada pelos números. O que, de acordo com os especialistas, tem o lado bom e o lado ruim.

Os competidores conseguem monitorar em tempo real o fator de intensidade, abreviado por IF, no jargão técnico. Ele mostra, numa escala de 0 a 1, qual é a intensidade do esforço do atleta. Isso permite que ele escolha com precisão onde são os melhores pontos para atacar, onde é mais eficiente poupar energia e outras estratégias.

Por outro lado, o uso excessivo dos números nas competições pode tirar o fator surpresa das corridas. “Hoje é difícil você ver um atleta quebrar na pista, como acontecia antigamente. As disputas ficaram mais apertadas por conta disso. O medidor também trouxe isso para o mundo do ciclismo”, avalia Marconi.

O futuro

Ao longo de anos de desenvolvimento de técnicas e estratégias mais eficientes de treinar e competir, os atletas chegaram num ponto em que as performances ficaram muito similares, e passou a ser necessário pensar fora da caixa. “Agora os atletas precisam ver além dos números, arriscar mais nos ataques. É uma tendência que tenho percebido”, conta Marconi.

Hugo acredita que o próximo passo é decodificar os parâmetros emocionais e fisiológicos dos atletas. “Um dos parâmetros mais contemporâneos é o HRV, ou heart rate variation, que ajuda a entender a recuperação do atleta”. O HRV é um indicador que mede as diferenças de tempo entre as batidas do coração.  Um HRV alto significa que o atleta está preparado para responder rapidamente aos estímulos, portanto, está preparado para receber mais carga de treino. Um HRV baixo significa que o corpo está sob estresse e pode indicar overtraining.

“Um componente importantíssimo da performance, que é negligenciado muitas vezes pelos atletas e treinadores, é o emocional. Nós variamos muito o rendimento por conta do nosso estado emocional também. Então, eu tenho certeza que os próximos avanços da ciência em relação a esse assunto será algo ligado à neurociência”, explica Hugo.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

CIMTB Michelin, TREK e Levorin premiarão ganhadores da LIGA CIMTB TREK

A CIMTB Michelin e a TREK darão prêmios para o melhor colocado na liga CIMTB TREK no fantasy game da Copa do Mundo de XCO, no site da Pinkbike.com. O melhor colocado no final da temporada ganhará uma camisa oficial da Trek Factory Team e um par de pneus Levorin. Para participar, basta se inscrever no site Pinkbike.com, criar o seu time no fantasy game de XCO e se juntar à LIGA CIMTB TREK.

A data limite para inscrever os times já para a primeira etapa do campeonato, e aumentar as chances de ganhar, é dia 7 de maio. No jogo, o participante recebe $1.500.000 para montar um time fictício de seis atletas com os competidores da Copa do Mundo de XCO, sendo três da categoria masculina e três da feminina. Ao final de cada etapa, os atletas somam pontos de acordo com a performance nas pistas. O jogador que somar mais pontos no final da temporada leva o prêmio da LIGA CIMTB TREK. A cada etapa as equipes podem ser editadas com troca de atletas depois da análise dos resultados de cada um.

Para ganhar mais prêmios, os jogadores podem também se inscrever no GAME CIMTB – TREK, jogo similar, porém com os atletas que correm nas etapas da copa. Para se inscrever, basta acessar o endereço www.game.cimtb.com.br, se cadastrar e montar a equipe. Quem fizer mais pontos no final do campeonato 2020, que soma pontos de Araxá 2020 e Congonhas, que acontecerá dias 3 e 4 de julho, vai levar o combo da Bontrager, marca de elite da TREK, que contém uma sapatilha Cambio, com sola de fibra de carbono, um selim Aeolus Comp, uma lanterna dianteira Ion 450R e uma lanterna traseira Flare RT, além de brindes como uma camiseta, uma caneca e um boné da marca. Além disso, o campeão da etapa de Congonhas ganhará um capacete Bontrager Starvos WaveCel.

Com quase mil participantes, muita gente ainda pode ganhar. Quem lidera a briga é a equipe Rodrigo Silva, com 433 pontos. Em segundo lugar, com seis pontos de diferença está o time Dimas Brothers. Em terceiro, a equipe Celina com 415 pontos.

Na temporada 2021, teremos um novo campeonato somando pontos no GAME CIMTB TREK nas etapas de Araxá, Petrópolis e Taubaté, com vários prêmios e uma bike Trek no final ao ganhador. 

CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI)  desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Lendas CIMTB Michelin: Jane Porfírio

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Algumas pessoas não precisam ter uma longa carreira no mountain bike para se tornarem lendas. A convidada da semana da série Lendas CIMTB Michelin competiu profissionalmente por apenas três anos, e mesmo assim marcou o esporte para sempre. Jane Porfírio foi uma das primeiras mulheres a se destacar no mountain bike brasileiro, num contexto de muito preconceito, mas também de muitas conquistas e alegrias.

Jane começou a carreira de atleta profissional com 15 anos no tênis e só descobriu o mountain bike em 1993, com 27 anos, quando a vida de tenista ficou inviável financeiramente. “Na época, eu tinha ganhado um campeonato de tênis, e estava com o dinheiro disponível. Como não ia mais continuar no tênis, resolvi comprar uma mountain bike para passear na cidade e manter minimamente a forma”, lembra Jane.

O que começou como uma diversão despretensiosa, virou uma paixão instantaneamente. “A primeira vez que eu fiz uma trilha, na região do barreiro (região de Araxá com muitas trilhas, onde é realizada a CIMTB Michelin), eu entendi o que me dava alegria. A troca de energia com a natureza, o suor nos braços. Foi o esporte que eu mais amei. Posso dizer que entre 1993 e 1996 foram os melhores anos da minha vida”, conta.

A carreira de Jane começou como um relâmpago. No mesmo ano de sua primeira competição, disputou e ganhou o campeonato brasileiro. No ano seguinte, em 1994, chegou em 4º lugar no Campeonato Mundial, disputado em Cairns, na Austrália. Resultado nunca igualado até hoje pelo Brasil. No mesmo ano, Jane conquistou a medalha de bronze no campeonato sulamericano, que ocorreu em Santiago, no Chile.

Jane estava presente no primeiro evento na Pedra do Sino, em Carandaí, onde nasceu a CIMTB Michelin, em 1996. “Eu ganhava tudo no Brasil. Naquela época éramos só eu e a Adriana Nascimento, praticamente. E eu tinha uma mentalidade muito competitiva. Entrava para ganhar nas competições. Mas eu lembro da primeira vez que perdi para a Jaqueline Mourão, num evento do Rogério (Bernardes, organizador da CIMTB), em Pedra do Sino, em 1996. Fiquei tristíssima”, relembra. “A Jaque é uma pessoa que eu sempre admiro e aplaudo pela atleta que ela é. Ela tem o físico perfeito para o mountain bike. É muito forte”, complementa.

Mas essa não foi a única dificuldade que Jane enfrentou na carreira. Ela conta que, desde pequena, se interessava muito por todos os esportes, mas que sofreu preconceito por ser atleta mulher desde sempre. “Eu sofri muito com o descrédito. As pessoas olhavam para mim e falavam ‘mountain bike é esporte de peão, o que você está fazendo nisso?’. No tênis também aconteceu muito. Só que eu pegava isso e transformava em treino. Eu descontava tudo no paredão e no pedal”, desabafa.

Jane não pode se dedicar por completo aos treinos. Ela se formou em odontologia e trabalhava como dentista entre os treinos. “Eu acordava às quatro da manhã para treinar e chegar às 8h30 no consultório”, conta.

Em novembro de 1996, ela sofreu um acidente grave, com fratura do crânio, e a partir de então, fez a transição para se dedicar à maternidade. “Eu já estava pensando em fazer essa mudança, e o acidente veio para confirmar isso, como um direcionamento”, lembra. Jane se casou e teve dois filhos, mas a vontade de competir nunca foi embora.

“Chegou em um momento da minha vida que eu falei pro César, meu marido, que eu precisava voltar a pedalar, sentir a emoção da largada de novo, me reconectar com a natureza. E eu queria voltar para o mountain bike. Mas, como eu já tinha 43 anos, com filhos, menos destreza e as pistas estavam muito mais difíceis, e preferi ir para o triatlo”, relembra sobre sua segunda troca de modalidade, na qual teve muito sucesso em sua categoria, com um título panamericano em 2010, em Vitória, Espírito Santo.

Além do mountain bike e do triatlo, Jane também representou o Brasil no Cross Triatlo, modalidade em que foi tetracampeã brasileira e medalha de bronze no campeonato mundial, na Espanha.

Atualmente, Jane administra sua escola de tênis, em Araxá, e está planejando construir uma pista de mountain bike em sua casa para treinar. “Quem sabe esses treinos não me dão ânimo para fazer uma corridinha ou outra?”, brinca.

Com toda essa experiência em diversos esportes, ela teve a oportunidade de conhecer e trabalhar com dois ídolos brasileiros: Gustavo Kuerten, o Guga, tricampeão de Roland-Garros, e Henrique Avancini, atual número um do ranking mundial de mountain bike cross-country.

Assim como Guga se tornou ídolo no Brasil e transformou o tênis no país, Avancini tem feito o mesmo para o MTB. “Trabalhei com o Guga em Santa Catarina e com o Avancini aqui em Araxá. Eu acho que todo esporte que tem uma estrela, uma referência como eles, vira uma coisa enorme. O Avancini é uma porta pra muita gente entrar para o mountain bike, assim como o Guga foi para o tênis”, avalia.

Para Rogério Bernardes da CIMTB Michelin, “Jane tem uma brilhante carreira no esporte, contagiando e iluminando a todos por onde passa. Desde o primeiro ano que ela competiu conosco em 1996, minha mãe ficou encantada e no ano seguinte me pediu para que ligasse para ela, convidando-a para voltar a fazenda, mas ela havia parado de competir. Depois de longos anos, quis o destino que a CIMTB fosse para Araxá e nossas famílias passaram a conviver, cultivando uma grande amizade. Além disso, queria destacar que desde o primeiro ano da competição em Araxá, a Jane faz parte da nossa equipe nos ajudando a resolver todos pepinos que aparecem. Outra coisa é que, com a ida da CIMTB para Araxá, o retorno às pistas de mountain bike acabou acontecendo de forma natural e todos ficamos muito felizes”.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

CIMTB Michelin divulga novo calendário para 2021

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

A CIMTB Michelin acaba de confirmar o novo calendário da temporada de 2021, que terá sua etapa de abertura em Araxá, de 30 de julho a 1º de agosto. A segunda etapa será em Petrópolis, de 24 a 26 de setembro e a grande final, vai acontecer em Taubaté, cidade que nunca recebeu a copa, de 22 a 24 de outubro.

As datas já foram definidas nos calendários das pelas entidades reguladoras do ciclismo, União Ciclística Internacional (UCI), Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e federações estaduais.

A CIMTB Michelin tem trabalhado, neste primeiro semestre marcado por dificuldades contextuais, causadas pelo aumento do número de casos de Coronavírus em todo o país, para garantir que todas as etapas sejam concluídas este ano. As pistas de Congonhas, Petrópolis, Araxá e Taubaté já estão prontas para os atletas que quiserem treinar e se preparar para as corridas do segundo semestre.

“Estamos confiantes que as etapas acontecerão seguindo este novo calendário. É claro que a presença do público vai depender do avanço da vacinação pelo país. O mais importante é garantir o máximo de segurança aos que estiverem participando do evento e nosso protocolo, já testado, se mostrou muito eficiente neste sentido. Além disso, já temos outras novidades como a negociação em andamento de milhares de kits de exames rápidos, para que todos sejam testados antes de entrarem no evento, com um custo bem acessível”, diz o organizador da CIMTB Michelin Rogério Bernardes. 

Congonhas – Final temporada 2020

A data oficial da grande final da temporada de 2020, que não ocorreu por conta do fechamento da cidade, ainda está sendo definida pela organização do evento junto com a Prefeitura de Congonhas. Em breve daremos notícias.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Lendas CIMTB Michelin: Rubens Donizete

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Neste episódio do Lendas CIMTB Michelin o entrevistado é Rubens Donizete, também conhecido como Rubinho, o maior vencedor da elite masculina do evento, com seis títulos gerais. Além das conquistas na copa, ele é tricampeão brasileiro e vice-campeão panamericano de XCO. Ele representou o Brasil nas últimas três Olimpíadas, e tem, até hoje a melhor colocação de um brasileiro nos jogos, com a 21ª colocação em Pequim 2008.

A ligação de Rubinho com a CIMTB Michelin vem de muitos anos. “A minha primeira vitória na elite foi na Copa Ametur, no início dos anos 2000. Nessa época eu ainda morava em Monte Santo, que fica a quase 500 quilômetros de Carandaí, onde acontecia a prova”, lembra. “Eu ia no sábado, tinha que decorar a pista com uma volta, para conseguir correr no domingo”.

Depois disso, ele conta que começou a se dedicar mais aos treinos, e menos ao trabalho de pedreiro, que na época ainda era o que sustentava o campeão. Mesmo ainda tendo idade para competir nas categorias de base, ele percebeu que conseguiria vencer provas regionais na categoria elite, e se manter com as premiações. “Eu pensei que se eu me dedicasse integralmente aos treinos, eu poderia competir em provas maiores e ganhar a vida como ciclista”, conta Rubinho.

O plano deu certo. A performance melhorava ainda mais, mas com o aumento do volume de treinos, Rubinho começou a ter muito problemas mecânicos durante as corridas, o que prejudicou seus resultados por um tempo.

O problema foi resolvido quando ele conseguiu um patrocinador que fornecia equipamentos confiáveis. A partir daí, a carreira deslanchou. O primeiro campeonato brasileiro foi vencido em 2007, um ano antes do primeiro título na CIMTB Michelin.

“O primeiro foi inesquecível para mim. Lembro que terminei a prova de Araxá com o pé contundido. Na época, ainda não existia aquele paredão no final da descida da Dona Beja. Os atletas entravam numa parte gramada. E nesse dia, a grama ainda estava molhada, e eu escorreguei a roda da frente. Torci o pé, mas consegui vencer a prova escapado”, conta.

Rubinho venceu a copa cinco vezes seguidas, de 2008 a 2012, e levou o último título em 2015 para completar o hexacampeonato ainda não superado por nenhum outro competidor. De acordo com ele, esse sucesso é, em parte devido ao foco que ele dava para o evento. “A copa ela é mais importante do que o campeonato brasileiro, por exemplo. A copa vale muito mais ponto que qualquer outra corrida aqui no Brasil, e para os patrocinadores, é o mais interessante, porque é onde tem mais público e mais visibilidade”, explica.

O sucesso e a experiência não subiram à cabeça do atleta que costumava dar dicas de mecânica e traçado para outros ciclistas mais novos nos eventos. “Eu era conhecido por furar as peças da bicicleta para ganhar peso. E muitas vezes eu conversava com atletas mais novos para discutir o melhor traçado, onde valia mais à pena atacar e outra estratégias”, relembra.

Atualmente, Rubinho é atleta da Sense Factory Racing e compete na elite do XCO, e vai começar a correr nos eventos de E-bike, inclusive o campeonato mundial, assim que o calendário voltar ao normal. “Eu nunca competi de E-bike, mas pelos meus treinos, eu entendo que é uma dinâmica totalmente diferente do XCO”. Ele explica que a estratégia é um pouco às avessas da lógica normal de uma corrida. Como o motor elétrico é limitado a 25km/h, é mais interessante você subir utilizando o auxílio do motor e economizar as pernas, e acelerar nos planos, onde o motor não auxilia.

Com décadas de vivências, Rubinho acredita que a E-bike, assim como outras atividades como a academia, são de fundamental importância para o desenvolvimento completo. “ Eu vejo muito atleta de mountain bike que não anda de speed, que não faz academia. É possível aumentar o rendimento em 3% a 4% fazendo trabalho de fortalecimento muscular. O atleta tem que ter experiências diferentes e dar estímulos diferentes para o corpo”, recomenda.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Clínica Técnica CIMTB Michelin: A importância da polivalência no mountain bike

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

O mountain bike tem vivido uma gradual evolução técnica desde seu nascimento, no início dos anos 80. O desenvolvimento da tecnologia, dos atletas e das pistas foram se intensificando ao longo dos anos, novas modalidades foram criadas, até que hoje, ficou impossível que atletas pratiquem uma só modalidade. De acordo com os convidados desta edição da Clínica Técnica CIMTB Michelin, a polivalência é uma tendência inevitável, que veio para ficar.

A CIMTB Michelin conversou com três atletas-treinadores (ou treinadores-atletas), que compreendem o MTB como uma cultura, um conjunto de habilidades, que requer conhecimento e treinamento muito além do que somente o preparo físico.

Diego Knob em uma e-bike. Foto: Felipe Almeida

“A bike, na minha visão, é um instrumento de crescimento pessoal, uma forma de evolução mental, que também tem a parte física como consequência do ato de pedalar”, elabora Diego Knob, atleta overall da Sense Factory Racing, que é multicampeão campeão brasileiro de downhill, enduro e tem resultados expressivos na elite do cross-country e da E-bike, em nível internacional.

Com raízes fortes no motocross e no downhill, Knob foi vice-campeão da etapa de XCO da CIMTB Michelin, em Petrópolis, em 2019, o que comprova a necessidade dos atletas de compreenderem a importância do treinamento técnico em conjunto com os outros aspectos da performance.

A também multidisciplinar Patrícia Loureiro, bicampeã mundial master, nove vezes campeã brasileira de downhill e competidora da elite no cross country e E-bike, percebe que ainda existe uma certa dificuldade dos atletas em focarem mais nos treinos técnicos em qualquer modalidade do ciclismo.

“Muitos atletas deixam a parte técnica de lado, tanto aquele que compete de XCO, aquele que compete de XCM, quanto quem faz trilha no final de semana. E eu sempre digo para meus alunos e para as pessoas com quem eu trabalho ‘quanto mais preparado você estiver, mais divertido fica’”, conta.

João Sodré, atleta Master de BMX, cross country, e treinador com 25 anos de experiência em diversas modalidades, também avalia que a questão técnica é crucial para atletas em qualquer nível. “Com o avanço da metodologia de treinamento e as novas tecnologias, os atletas atingiram um nível de condicionamento físico muito próximo e, muita das vezes, o que os diferencia é o domínio da parte técnica e manuseio da bike”, explica

Mas, de acordo com eles, a percepção de que a pilotagem é um acessório de luxo, e não um fator principal no mountain bike, tem mudado. “Acho que está mudando. Percebo que as pessoas têm se interessado mais nessa parte técnica por diversos motivos. Além de ficar muito mais prazeroso pedalar, existe a parte da performance”, avalia Patrícia.

Evolução das pistas

Outro forte motivo para que atletas amadores e profissionais se preocupem com o trabalho técnico é a evolução da dificuldade e complexidade das pistas no país. Os traçados têm ficado cada vez mais refinados, o que não exclui atletas com a tocada menos apurada, mas certamente favorece quem tem uma capacidade melhor de leitura de pista, controle da bicicleta e repertório técnico. “Sem sombra de dúvidas, o mountain bike praticado hoje é completamente diferente, as pistas estão muito técnicas e as linhas estão cada vez mais insanas. Além disso, há uma interação maior do público com os atletas devido aos novos formatos de eventos esportivos”, avalia João.

O organizador da CIMTB Michelin, Rogério Bernardes, comenta que as pistas da copa passam por revisões e aprimoramentos todo ano. “Uma das nossas maiores preocupações é que nossas pistas tenham traçados inclusivos, atendendo os iniciantes e amadores, e traçados mais técnicos para atender as categorias principais como a Elite”.

Knob entende que uma das soluções para que os atletas consigam evoluir essa mentalidade é a prática do all mountain. “O all mountain, que é mountain bike puro, ele exige que o ciclista seja muito completo. Ele tem que saber de navegação, de terreno, conhecer muito bem o equipamento, saber as possibilidades de traçado. Isso amplia a visão do atleta, e com certeza faz ele ser mais rápido nas competições”, analisa Knob.

Atletas iniciantes

Especialistas preveem um salto no número de ciclistas no período da pandemia. Portanto, é muito provável que a quantidade de atletas competindo em eventos como a CIMTB Michelin também aumente. Os treinadores recomendam uma série de precauções para essa onda de novos competidores.

“A primeira coisa que eu diria para alguém que está entrando no mundo das competições é que se informe com pessoas que têm história e experiência no esporte. São essas pessoas que vão dar informações de real valor, porque elas já vivenciaram muitas situações”, lembra Knob.

Patrícia lembra que muitos iniciantes têm dificuldade com a regularidade dos treinos, e avisa que a técnica precisa ser treinada sempre. “A técnica é igual o preparo físico. Se você não faz treino de técnica com frequência, você perde a habilidade”, avisa.

Ela também alertou que as pessoas costumam negligenciar o uso do equipamento de segurança, o que é ainda mais importante neste momento em que o sistema de saúde está sobrecarregado com pacientes vítimas do coronavírus. “Capacete e óculos são coisas muito importantes e eu vejo que muita gente negligencia isso. As pessoas precisam entender que bicicleta é um veículo e que o capacete é obrigatório, mas que o uso do óculos e luvas, por exemplo, são recomendáveis sempre”.

Da mesma forma, João lembra de manter a saúde em primeiro lugar. O mountain bike é fascinante, porém ele oferece alguns riscos e a minha recomendação é estar sempre atento aos itens obrigatórios de segurança, estar devidamente alimentado, hidratado e no mais pau na máquina que ela aguenta!”, brinca. “E logo que possível, recomendo contratar um treinador habilitado e capacitado para prescrever os treinos de forma clara e realizável visando a sua evolução física no esporte”, completa João.

Para Rogério Bernardes, “a CIMTB Michelin está sempre pensando no desenvolvimento dos atletas amadores e profissionais. A partir de 2020, adotamos um conceito de inclusão com a Copa Sense CIMTB de Maratona para iniciantes e bikers que curtem andar em pista com mais estradas e menos trechos técnicos. São dezenas de categorias individuais e de duplas com foco na diversão, na democratização e na valorização do mountain bike como estilo de vida. Já a CIMTB Michelin passou a ter foco exclusivo no XCO e nas categorias oficiais com pistas mais técnicas. Por isso a Clínica Técnica terá um papel muito importante na evolução do mountain bike, colocando lado a lado treinadores-atletas e atletas-treinadores com os atletas que estão buscando conhecimento. Para nós conhecimento é sinônimo de segurança e diversão”.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Lendas da CIMTB Michelin: Erika Gramiscelli

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Neste episódio da série Lendas da CIMTB Michelin, a convidada foi Erika Gramiscelli, a maior vencedora geral da CIMTB Michelin, com sete títulos. Mas ela não se tornou uma lenda apenas pelos feitos nas pistas. A missão de Erika agora é inspirar pessoas a pedalarem de uma forma diferente.

“Quando eu abri a loja, eu não queria simplesmente que as pessoas comprassem bicicletas, mas que elas começassem a pedalar com esse sentimento de desfrutar mais a vida. Eu queria que elas entendessem a bike da forma que eu entendo: como uma forma de conhecer melhor o mundo. Esse é o papel da loja hoje, plantar na vida delas essa sementinha”, conta.

Segundo a empresária e atleta, essa paixão pelo ciclismo veio de uma maneira muito forte. “Eu nunca fiz outro esporte. A bike foi o único que eu me adaptei, então foi bicicleta a vida inteira”, lembra Erika, que começou a competir em 1997, com 14 anos, após ser convidada por um amigo que a viu pedalando na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte.

Ela correu em quase todos os eventos da CIMTB Michelin. “Foi em 1999 que a CIMTB foi criada, ainda como Copa Ametur, e se tornou a prova mais falada no Brasil por ser por etapas e pela sua qualidade”, recorda. “De 1999 a 2019, eu corri quase todas, são 20 anos de história. Eu peguei o evento raiz, em Pedra do Sino, até as provas muito grandes como Araxá”.

Não só competiu, como esteve no pódio na grande maioria e hoje é a maior vencedora geral da CIMTB Michelin, com sete títulos no total, seguida por Rubinho Donizete, com seis campeonatos.

Erika comemora a vitória na prova de XCE em São João del-Rei, em 2015

Erika sempre foi uma atleta que deixou tudo na pista. As disputas “braço com braço”, como ela mesma descreve, fizeram parte de toda sua carreira. Ela competiu acirradamente com atletas de renome mundial como a Argentina Noelia Rodriguez e as brasileiras Jaqueline Mourão e Raíza Goulão. “Nesses anos todos eu vi muita gente chegando competindo forte, e também muita gente saindo do mundo das competições”, comenta.

“Uma dessas disputas que me recordo foi em 2015, na etapa de São João Del Rey, na pista da faculdade. Tinha uma reta oposta com um barranco do lado. Era uma pista muito técnica, e não tinha onde ultrapassar. Mas eu me lembro que subi nesse barranco, passei por cima da Raíza, fiz a curva, sprintei e ganhei. Ela veio me falar depois que até hoje não entende como e passei por ali”, conta Erika.

Mas a competidora não entende que a bicicleta tenha apenas o viés competitivo. “A alta performance vem como uma consequência da satisfação da pessoa em pedalar. Chega em um momento em que ela vai descobrir a competição, e que a bike é um estilo de vida, um remédio”, avalia.

E, segundo ela, é também um remédio que serve para tudo e para todos. “A versatilidade da bicicleta é algo incrível. Você não precisa ter a idade certa, o gênero, o condicionamento físico, qualquer um pode andar de bike. É uma válvula de escape. E neste período que vivemos, ela tem sido uma válvula para a pessoa viver. Para ela se sentir viva”, conclui Erika.

Segundo Rogério Bernardes, “Erika sempre foi muito competitiva e tinha uma técnica diferenciada na pilotagem. Ela nos prestigiou por muitos anos e faz parte da nossa história. Presenciei inúmeras disputas que foram inesquecíveis. E aguardem pois faremos um podcast especial recordando vários desses momentos dela como atleta”.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Redstone vem com equipe forte para a temporada 2021 da CIMTB Michelin

Fabricante de bicicletas mineira irá patrocinar os eventos e competir em três categorias. O objetivo é marcar presença e agregar valor ao mundo do ciclismo.

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

A fabricante de bikes mineira Redstone é a nova patrocinadora da Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin). A marca também exporá seus produtos nos eventos, mostrando seus diferenciais e também terá sua equipe competindo, a Redstone Racing Team, em três categorias. Willian Renatto correrá na elite, Ygor Fernandes na sub-23 e Matheus Fagner na Juvenil.

A Redstone tem como proposta estar presente em todo território nacional. “Nosso objetivo é fazer com que nossas bikes cheguem a todos os cantos do Brasil, fazendo com que todos conheçam nossa marca, a qualidade dos nossos produtos e assim ganharmos um espaço de destaque no cenário nacional”, explica Romário Silva, gestor de marketing da empresa.

Para atingir esse objetivo, a Redstone tem trabalhado muito no desenvolvimento da marca, em paralelo aos desafios de manter a fábrica funcionando em meio à crise sanitária vivida no país.

“Em tempos de isolamento e distanciamento social, muitos brasileiros se renderam às bikes como opção de transporte, atividade física e lazer. Isso gerou um aumento significativo em vendas gerais nesse segmento. Mesmo enfrentando a alta de preços de componentes e até a falta dos mesmos, conseguimos superar todas as adversidades e sempre mantemos nosso estoque completo e pronto para atender nossos clientes”, avalia Romário.

A parceria com a CIMTB Michelin neste momento, de acordo com a empresa, veio para consolidar essa mentalidade. “Hoje a CIMTB é referência no cenário nacional e internacional de competições de bikes, com isso a presença da Redstone Bikes no evento vai agregar muito valor e dar uma ótima visibilidade para nossa marca”, explica.

Para o organizador da CIMTB Michelin, Rogério Bernardes, “é muito importante ter uma marca de bike como a Redstone no evento, e estamos muito honrados com isso. Ela estará ao lado de outras marcas de ciclismo e essa união fortalece o mercado das duas rodas”.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Ciclista de São José dos Campos ganha sorteio de camisa de líder autografada por Henrique Avancini

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

A paulista, de São José dos Campos, Aline Leal, ganhou o sorteio de uma camisa de líder da Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin), autografada pelo número 1 do ranking mundial de cross country, Henrique Avancini. O sorteio foi realizado no Instagram da CIMTB Michelin.

“Eu tenho muitos amigos, nem sei dizer ao certo quantas pessoas eu marquei. Eu nao imaginava ganhar, mas fiquei empolgadíssima com o prêmio. Uma camisa autografada pelo Avancini é muito show!”, conta Aline, que foi uma das pessoas a comentar no post do instagram da CIMTB Michelin para participar do sorteio. Ela foi a única sortuda a ganhar entre os quase 12 mil comentários que participaram.

Ela começou a pedalar em 2004 após sofrer um acidente, mas realmente pegou pesado nos treinos, em 2013. “Bike para mim é tudo. É meu refúgio, é esporte, é saúde”, diz Aline. “Para nós, o mais importante neste momento é manter o ânimo dos ciclistas que acompanham a copa. Acho que com esse prêmio conseguimos fazer isso”, conclui Rogério Bernardes, organizador da CIMTB Michelin.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Lendas CIMTB Michelin: Evaristo Almada, o Vavá

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Ninguém constrói nada sozinho. E a Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin) não foge à regra. Para realizar os eventos com a qualidade que oferece, é preciso ter uma equipe de ponta, que gosta e se dedica ao trabalho. O primeiro membro dessa equipe foi Evaristo Almada, o Vavá, que trabalha no evento desde 1996, quando a CIMTB Michelin ainda se chamava Pedra do Sino Open. O episódio especial do Lendas da CIMTB Michelin desta semana traz este ícone que ajudou a moldar o que a copa se tornou hoje, 25 anos depois.

“Naquela época eu já trabalhava com som, e eu que fiz a instalação desse primeiro evento em Pedra do Sino, no Hotel Fazenda. Mas, nesta primeira vez, ainda não fui eu quem fiz a locução”, lembra Vavá. Quem acabou fazendo o trabalho foi o organizador do evento, Rogério Bernardes, depois que o locutor oficial não compareceu ao local.

Ele conta que conheceu Rogério por meio do pai dele, José Bernardes, quando ele abriu o hotel fazenda em Carandaí. Ele começou operacionalizando o sistema de som de eventos no local, e posteriormente foi convidado para os eventos esportivos.

“Rogerio é um cara muito interessante porque tem duas características que fazem a diferença. Primeiro que ele dá oportunidade para todo mundo, e foi assim comigo também. E segundo é que ele ensina as pessoas a trabalharem com qualidade. Muita gente acha que nós, da equipe, somos enjoados, mas é porque a gente se acostumou a fazer as coisas com qualidade”, conta Vavá.

“Nossa equipe é um orgulho para mim. Considero todos que estão nela meus companheiros, meus irmãos. A confiança é total em cada um que faz parte dela. Falando em particular do Vavá, é um grande amigo e sobre o atendimento que ele dá a todos, isso dispensa comentários. É um “gentleman” em pessoa. Além disso, é meu companheiro de viagem e de quarto”, conta Rogério.

Além da CIMTB Michelin, Vavá já organizou outros eventos em parceria com a equipe da copa, como os três eventos de downhill realizados nas três maiores cidades históricas de Minas Gerais: o Desafio dos Profetas, em Congonhas, o Desafio da Mina de Ouro, em Mariana e o Desafio das Cruzes, em Ouro Preto.

Vavá avalia que, no Brasil, é muito difícil que esportes como o mountain bike tenham acesso à grande mídia, por conta da hegemonia do futebol na programação, mas que é possível quebrar essa barreira, como foi o caso dos três desafios.

“Eu trabalhei feito um louco nessas corridas. Não podia deixar nenhum cabo à mostra por causa da transmissão. Mas valeu a pena, o resultado foi excelente. O evento foi transmitido pela Rede Globo e teve três picos de audiência. Foi muito gratificante ver a equipe da Globo comemorando de pé o sucesso da audiência”, conta.

De acordo com ele, de alguns anos para cá, liderados pela CIMTB Michelin, alguns eventos nacionais passaram a ter uma organização profissional, como esses, por exemplo. “Com a profissionalização, os patrocinadores começaram a ter confiança para investir nos eventos. Isso acabou aumentando o patrocínio para os atletas e equipes, o que gera um consumo maior de produtos de ciclismo, que retorna para as fábricas e para os patrocinadores. Então, é um ciclo muito virtuoso que vivemos na copa há algum tempo”, diz Vavá

E para que isso aconteça, ele diz ser essencial que a equipe esteja sempre trabalhando com muita seriedade. “A semente dessa qualidade é você organizar um evento sério. Que cumpre horários, que segue todas as regras à risca, independente de quem for o atleta ou a equipe”, explica.

Com a visão de mais de duas décadas de casa, Vavá acredita que a CIMTB Michelin chegou num nível muito alto, mas que como sempre, ainda há o que melhorar. “As pistas sempre melhoram de ano a ano. Muito porque a nossa equipe, e o Rogério principalmente, sabe escutar os atletas. O atleta tem que ter tudo para que ele se concentre em dar o melhor na pista”, comenta. “ E a partir de agora, eu acredito que a gente possa aumentar os eventos, para acolher bem a família dos competidores as pessoas que vêm acompanhar e prestigiar as corridas”.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Trabalho a todo vapor em Petrópolis

Equipe da CIMTB Michelin tem visitado a cidade para deixar tudo preparado para a grande final da temporada 2021 e para a Copa do Mundo de XCO em 2022.

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

A equipe da Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin) já visitou Petrópolis cinco vezes desde o anúncio de que a cidade receberá a primeira etapa da Copa do Mundo de XCO 2022, no início de Fevereiro. Muito trabalho está sendo feito para organizar tanto a grande final da temporada 2021 da CIMTB Michelin, quanto a primeira etapa da Copa do Mundo em 2022.

Convidamos o organizador dos dois eventos, Rogério Bernardes, para contar mais sobre as novidades em Petrópolis. Confira a entrevista na íntegra.

CIMTB Michelin: Qual foi a primeira vez que Petrópolis recebeu um evento CIMTB Michelin?

Rogério Bernardes: Em 2019 foi a primeira vez que fizemos uma etapa da CIMTB Michelin em Petrópolis. O evento foi um sucesso com cerca de 20 mil pessoas no final de semana visitando a fazenda e a pista do Sitio São José. Essas conversas começaram com o Ruy e Henrique Avancini nos convidando para conhecer o local e nos apresentando o Duda e Hilário, donos da propriedade, para estudarmos a viabilidade de levar a etapa para lá.

Rogério Bernardes, Caíque e Ruy Avancini.

CM: A pista fica no Vale do Cuiabá desde o início?

RB: Sim. A pista já existia dentro da fazenda e alguns anos atrás aconteceu uma etapa do Campeonato Brasileiro de MTB. Com a CIMTB Michelin tivemos que fazer várias alterações para adaptar às nossas exigências e com a Copa do Mundo em 202, estamos fazendo outras mudanças para que a pista seja ainda mais desafiadora.

CM: O que evoluiu de lá pra cá, tanto na pista quanto na organização em geral?

RB: Desde 2019, quando fizemos a prova pela primeira vez mudamos vários detalhes e, depois da prova, tínhamos programado outras diversas melhorias para a etapa de 2020, que acabou não acontecendo. No meio do caminho tivemos a notícia da Copa do Mundo em 2022 que vamos organizar no Sitio São José, e agora estamos unindo as mudanças de 2020 com as outras mudanças de 2022 para termos um evento de altíssima categoria este ano, que servirá de teste para a Copa do Mundo, no ano que vem, além de ser uma das etapas da CIMTB Michelin.

CM: A equipe CIMTB tem visitado a cidade com frequência ultimamente. Como está a preparação para a etapa de setembro?

Sítio São José, onde serão realizados eventos. Foto: Tchelo

RB: Temos ido com frequência em Petrópolis para acertar muitos detalhes nos bastidores. Fizemos reuniões com empresários, poder público, incluindo Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores, hotéis para credenciamento para a Copa do Mundo e etapa da CIMTB Michelin, visitas à pista para estudar, criar e demarcar os novos trechos onde será a prova, levantamento topográfico para desenvolvimento do projeto, encontro com fornecedores, enfim, muito trabalho.

Muita coisa já está a todo vapor e cada ida nossa lá tem sido cada vez mais intensa. Queremos planejar todos os detalhes para que o evento seja inesquecível para todos que marcarem presença, atletas, público, patrocinadores e todos os envolvidos.

CM: A CIMTB Michelin vai realizar a etapa de abertura da Copa do Mundo de XCO 2022 em Petrópolis. Isso muda alguma coisa na etapa deste ano?

RB: Muda bastante coisa. Em relação à pista as mudanças que estávamos prevendo tivemos que incluir outras ainda mais desafiadoras para os atletas. Em relação a estrutura também muda bastante pois quando se pensa em transmissão ao vivo para o mundo inteiro, as demandas são infinitamente maiores e mais detalhadas envolvendo centenas de pessoas e dezenas de fornecedores.

CM: Você tem conversado com as autoridades locais nas últimas visitas à cidade. Como está a expectativa deles para o evento?

RB: A expectativa de todos é enorme. Da nossa parte sabemos dos desafios e estamos trabalhando intensamente em cada detalhe. Para as autoridades e população da cidade posso afirmar que estão todos muito felizes e ansiosos para que o evento aconteça e doidos para verem a hora chegar logo. Temos que abrir um pouco mais nossa visão pois os amantes do mountain bike do Brasil todo estão muito entusiasmados e aguardando a chegada da venda do primeiro lote de ingressos, que será em breve. Teremos um grande público no evento, se Deus quiser, e esse será o nosso diferencial. Os atletas, jornalistas e dirigentes do mundo todo ficarão impressionados com nossa torcida que dará um show com toda certeza.

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CIMTB Michelin 2021
A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin
Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike
Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Perfil do Instagram da CIMTB Michelin sorteia camisa de líder autografada por Henrique Avancini

Para participar, basta seguir o perfil da CIMTB Michelin no Instagram e seguir as instruções do post sobre o sorteio. O resultado sairá no dia 2 de abril no Instagram.

Para não perder a conexão com o público, a Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin) está sorteando uma camisa de líder autografada por ninguém menos que o atual líder da temporada 2020 da copa e número um do ranking mundial de XCO, Henrique Avancini.

O atleta participa de eventos da CIMTB Michelin desde o ano 2000, e foi essencial para trazer a etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, que será realizada em Petrópolis.

“O sorteio é um gesto de carinho com nosso público. Esperamos levar um gostinho das competições para a casa de um sortudo”, diz Rogério Bernardes, organizador da CIMTB Michelin.

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CIMTB Michelin 2021
A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin
A Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike
Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Clínica Técnica CIMTB: Treinamento de ciclismo na pandemia

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Neste primeiro episódio da série Clínica Técnica CIMTB Michelin, conversamos sobre ciclismo durante a pandemia com três treinadores brasileiros. Essa dinâmica acontecerá em todos os outros episódios sempre alternando os profissionais da área e dando oportunidade a todos os que quiserem contribuir com seus conhecimentos para os praticantes de ciclismo de maneira geral.

Os treinadores Júlio Cézar Machado, Hélio Souza e Cadu Polazzo falaram sobre os novos desafios dos atletas amadores e profissionais no ambiente de isolamento social e as incertezas no calendário de competições. Eles ainda deram dicas sobre como treinar nessas condições e como estar preparado para quando as competições voltarem a acontecer.

Cadu é mestre em Ciências da Motricidade e graduado em Educação Física pela UNESP. Ele trabalha com treinamento de atletas de mountain bike há 20 anos. É o técnico da seleção brasileira de mountain bike desde 2009, e tem dezenas de títulos em todas as categorias, tanto femininas, quanto masculinas.

Hélio é graduado em Esporte pela USP e Mestre em Ciências pela ICB-USP. Ele se destaca por ser treinador de grandes nomes do MTB como o líder do ranking mundial de XCO, Henrique Avancini, Raíza Goulão e Márcio Ravelli.

Júlio é mestre em biomedicina e utiliza conhecimentos acumulados em décadas de experiência para entender profundamente os impactos fisiológicos dos treinamentos nos atletas. Para isso, aplica testes avançados de VO²max, potência e exames de sangue.

A importância do treinador
Atletas e técnicos estão tendo que se adaptar e criar maneiras diferentes de organizar os planejamentos. Além das dificuldades de manter a regularidade nos estímulos por causa da falta de provas, os profissionais precisaram repensar as cargas e onde encaixar os períodos de maiores volumes e intensidades.

Júlio Cezar Machado aplica teste de performance.

“A primeira grande questão com a motivação neste momento é a relação entre o atleta e o treinador. A minha forma de trabalho é de muito contato com os atletas, muita conversa, muito diálogo”, diz, Júlio.

Ele explica a importância dos atletas compreenderem quais são as bases e os fundamentos científicos sobre o treinamento visando a performance. Isso é fundamental para não desanimar. E por isso, é essencial ter um profissional orientando o desenvolvimento, sobretudo a partir de um certo nível.

“O atleta amador consegue se desenvolver bem sozinho. Porém, vai chegar num certo ponto em que ele para de evoluir. É o que chamamos de platô, e a partir daí, só um treinador é capaz de promover a melhora. Inclusive, o treinamento sem acompanhamento pode comprometer o potencial geral do atleta, mesmo que ele procure um profissional tardiamente”, alerta Júlio.

Estratégias de treinamento
Uma das estratégias que facilitam manter a motivação, de acordo com Cadu é a fragmentação dos objetivos. “Existem dois tipos de estímulos psicológicos, o intrínseco, criado pela própria pessoa e o extrínseco, que vem de fora”, explica.

Ele conta que fica mais estimulante quebrar os objetivos em mensais, semanais e diários, pois com uma meta mais próxima as pessoas conseguem se manter mais motivadas. “E além disso, o treino tem que ser algo divertido, estimulante. O atleta tem que sair do treino se sentindo vitorioso. Isso aumenta a autoestima e a confiança”.

Cadu tem inserido atividades diferentes nas prescrições para tentar substituir o estímulo externo das competições, que minguaram no último ano. “Tenho indicado atividades que incluem trechos do Strava, que acaba sendo uma forma de competição, sobretudo quanto aos recordes pessoais, também metas individuais de sprints e subidas. Outra ferramenta muito útil tem sido os pedais virtuais com o rolo smart. Nós marcamos competições e treinos no Swift justamente para substituir os pedais em grupo e provas”, lembra Cadu.

Cadu Polazzo em treinamento no Comitê Olímpico Brasileiro.

Fisiologia do atleta
Um fator que preocupa os treinadores de forma unânime neste período é a perda das adaptações fisiológicas pelos atletas, algo que exige muito tempo para ser recuperado. “A melhora de performance toma muito tempo e dedicação. É preciso ter paciência. O treinamento é cumulativo. Atletas de esportes aeróbicos precisam de volume acumulado de treinamento”, avisa Júlio.

Quando um atleta para de treinar por um período médio ou longo, ele prejudica tanto adaptações centrais, relacionadas com o sistema cardiovascular, como periféricas ligadas aos músculos.

Segundo Cadu, é uma cadeia de melhoras físicas. O coração de uma pessoa bombeia, em média, 100 ml de sangue por batimento. O de um atleta amador chega a 130 ml, e em casos de competidores de alta performance, 160 ml.

Outras partes do sistema passam a ficar mais eficientes para receber esse volume maior de sangue enviado pelo coração, então, o sangue também aumenta a quantidade de hemácias para transportar mais gás, e as fibras internas dos músculos se tornam mais capazes de processar esse oxigênio, além de armazenarem mais recursos energéticos, como o glicogênio.

O resultado desse ciclo, é que o atleta consegue realizar estímulos aeróbicos mais intensos e por mais tempo. “Esses processos não acontecem de uma hora para outra. A gente precisa desse tempo para treinar. Se você para agora, você não vai atingir o potencial genético que você teria. É importante plantar agora, para colher lá na frente”, alerta Cadu.

Equilíbrio dos profissionais
Tanto para amadores quanto para profissionais, a falta de competições impacta diretamente no treinamento. Se amadores precisam de estímulos para não desacelerarem, os profissionais enfrentam outros tipos de ansiedade. A cobrança de patrocinadores e medo de perder apoio por conta da falta de visibilidade estão entre os maiores problemas.

E por causa disso, eles precisaram aproveitar esse período para descobrir novas formas de trabalhar. “Abrimos o leque para experimentar coisas que ao longo da temporada normal, a gente não conseguiria, porque, com as competições, você tem uma margem de erro muito menor”, conta Hélio.

Ele explica que as provas são o ponto fundamental para o desenvolvimento do atleta, então ele precisa estar preparado, e ao mesmo tempo descansado para esse dia. Isso exige um período de recuperação antes e após os eventos. Sem isso, ele avalia que os atletas, sobretudo os profissionais, têm a possibilidade de treinar ainda mais na pandemia, já que eliminam esses intervalos.

Esse contexto, segundo ele, gerou um paradigma sobre qual seria a carga e a preparação ideal para que os atletas cheguem nas competições equilibrados, quando as coisas voltarem ao normal. “Eu acredito que muitos vão se sobrecarregar, e quando voltarem as competições, até terão bons resultados no início, mas que não devem se sustentar ao longo da temporada. Quem conseguiu usar esse mais de um ano de pandemia para se preparar com uma leitura correta da realidade vai fazer uma temporada muito boa, mas quem se afobar, pode pagar no médio prazo”, alerta.

Mercado do ciclismo
Apesar do desânimo dos competidores amadores e a mudança no ritmo dos profissionais, o mercado da bike pode estar vivendo um momento único, segundo a visão de Hélio. A bicicleta passou a participar da vida de muita gente que preferiu fugir dos transportes públicos.

Hélio Souza com um de seus atletas, Henrique Avancini.

“Muita gente que não pedalava passou a pedalar nesta quarentena. Claro que num ambiente muito diferente das competições. Mas eu tenho certeza que boa parte dessas pessoas vai continuar. O ciclismo tem um ambiente muito atraente, tem as características sócioafetivas”, avalia Hélio.

 

Ele ainda destaca que, boa parte desse ambiente positivo é criado por eventos como a CIMTB Michelin. “E eu sempre gosto de destacar a importância dos eventos de ciclismo para perpetuar essa cultura positiva. Organizadores como o Rogério (Bernardes, da CIMTB Michelin), que olham para o mercado como um todo e incluem todas as categorias, pensam em entretenimento, atividades infantis, feiras, são essenciais para manter esse crescimento”, conclui Hélio.

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CIMTB Michelin 2021
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Michelin
A Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike
Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).

Lendas CIMTB Michelin: Raquel Gontijo

Nem sempre as grandes campeãs começam cedo no esporte. No caso da nossa convidada deste episódio da série Lendas CIMTB Michelin, Raquel Gontijo, o primeiro contato com as competições de mountain bike foi aos 42 anos. “Eu fumava, pra você ter uma noção, e depois que conheci o mountain bike, mudei minha vida completamente. Me encontrei dentro do esporte”, conta.

Ela lembra que a professora de spinning, Sádia Campos, criou uma equipe de ciclismo chamada 4.0 turbo, só para mulheres com mais de 40 anos, e convidou Raquel para integrar a equipe. Raquel topou, dando início a uma carreira de muitas vitórias.

Foi com esse time que Raquel participou da primeira competição, em 2004. O 4º lugar no Iron Biker, em sua estreia, deu ânimo para investir mais tempo e energia no mountain bike. “Na hora do pódio eu falei com as meninas ‘esse negócio não é difícil não. Ano que vem eu vou ganhar esse trem”.

Raquel Gontijo na etapa de Araxá 2020

Por ter começado a carreira relativamente tarde, se comparada com a maioria dos atletas, Raquel costumava ser a mais experiente nas competições que participava. “Quase sempre, por ser a mais velha, eu fui abrindo caminho para as outras”, lembra.

Em sua primeira participação na Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin), ela conta que competiu na elite apesar de existir opção para mulheres entre as categorias amadoras.

“Nessa época, era tudo muito embrionário. O próprio mountain bike como esporte ainda estava começando, principalmente para as mulheres. E como eu já comecei mais velha, eu já deveria ser master desde o início”, conta. 

Mas, em pouco tempo, a CIMTB Michelin passou a ter mais divisões para todos os ciclistas, de todas as idades, isso para homens e mulheres. “O Rogério (Bernardes, organizador da copa) sempre teve histórico de ouvir atletas e sempre buscou caminhos para incentivar a participação feminina. À medida que os anos foram passando, o evento passou a oferecer mais categorias separadas por idade. No cross country era o único evento que tinha essa separação na época”, destaca. Raquel. 

Este ano, mostrando o DNA inovador da CIMTB Michelin, as largadas das categorias femininas e masculinas serão separadas pela primeira vez. “O diferencial da CIMTB Michelin é  que eles sempre ouvem todos os atletas, e foram abrindo mais categorias à medida que atletas mais velhas passaram a participar, Isso aconteceu com as mulheres e com os homens”, explica. 

“A minha categoria, que é a de mulheres acima de 50 anos, sempre foi a última nos bolsões de largada, então é um problema, porque você tem que ultrapassar todo mundo. E com essa divisão agora, isso vai ficar sensacional. A cada ano, o evento vai se aprimorando, ouvindo, até que hoje, tem espaço para todas, desde as meninas iniciantes e amadoras, até as nossas atletas olímpicas”, avalia Raquel.

Entre o vice-campeonato mundial master, em 2012, e o brasileiro em 2014, ela venceu várias etapas da da CIMTB Michelin. Raquel participou de quase todos os anos, exceto 2011, quando quebrou a bacia correndo o Cape Epic, na África do Sul.

“Em 2008, quando eu estava treinando com a Jaque [Mourão], ela estava indo para os Jogos Olímpicos e eu para a copa. Ainda não havia muitas divisões, era 30 anos para cima e 30 anos pra baixo. E  eu fui para a etapa de Araxá. Na mesma prova, tinha uma menina Sub 23 que também chama Raquel.  Após a corrida, quando ouvi o locutor anunciando “Raquel” como a vencedora, eu pensei que ele falava da Keka, da Raquelzinha. Depois que eu vi que era eu”, conta.

 

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Michelin

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