Lendas CIMTB Michelin: Raquel Gontijo

Nem sempre as grandes campeãs começam cedo no esporte. No caso da nossa convidada deste episódio da série Lendas CIMTB Michelin, Raquel Gontijo, o primeiro contato com as competições de mountain bike foi aos 42 anos. “Eu fumava, pra você ter uma noção, e depois que conheci o mountain bike, mudei minha vida completamente. Me encontrei dentro do esporte”, conta.

Ela lembra que a professora de spinning, Sádia Campos, criou uma equipe de ciclismo chamada 4.0 turbo, só para mulheres com mais de 40 anos, e convidou Raquel para integrar a equipe. Raquel topou, dando início a uma carreira de muitas vitórias.

Foi com esse time que Raquel participou da primeira competição, em 2004. O 4º lugar no Iron Biker, em sua estreia, deu ânimo para investir mais tempo e energia no mountain bike. “Na hora do pódio eu falei com as meninas ‘esse negócio não é difícil não. Ano que vem eu vou ganhar esse trem”.

Raquel Gontijo na etapa de Araxá 2020

Por ter começado a carreira relativamente tarde, se comparada com a maioria dos atletas, Raquel costumava ser a mais experiente nas competições que participava. “Quase sempre, por ser a mais velha, eu fui abrindo caminho para as outras”, lembra.

Em sua primeira participação na Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin), ela conta que competiu na elite apesar de existir opção para mulheres entre as categorias amadoras.

“Nessa época, era tudo muito embrionário. O próprio mountain bike como esporte ainda estava começando, principalmente para as mulheres. E como eu já comecei mais velha, eu já deveria ser master desde o início”, conta. 

Mas, em pouco tempo, a CIMTB Michelin passou a ter mais divisões para todos os ciclistas, de todas as idades, isso para homens e mulheres. “O Rogério (Bernardes, organizador da copa) sempre teve histórico de ouvir atletas e sempre buscou caminhos para incentivar a participação feminina. À medida que os anos foram passando, o evento passou a oferecer mais categorias separadas por idade. No cross country era o único evento que tinha essa separação na época”, destaca. Raquel. 

Este ano, mostrando o DNA inovador da CIMTB Michelin, as largadas das categorias femininas e masculinas serão separadas pela primeira vez. “O diferencial da CIMTB Michelin é  que eles sempre ouvem todos os atletas, e foram abrindo mais categorias à medida que atletas mais velhas passaram a participar, Isso aconteceu com as mulheres e com os homens”, explica. 

“A minha categoria, que é a de mulheres acima de 50 anos, sempre foi a última nos bolsões de largada, então é um problema, porque você tem que ultrapassar todo mundo. E com essa divisão agora, isso vai ficar sensacional. A cada ano, o evento vai se aprimorando, ouvindo, até que hoje, tem espaço para todas, desde as meninas iniciantes e amadoras, até as nossas atletas olímpicas”, avalia Raquel.

Entre o vice-campeonato mundial master, em 2012, e o brasileiro em 2014, ela venceu várias etapas da da CIMTB Michelin. Raquel participou de quase todos os anos, exceto 2011, quando quebrou a bacia correndo o Cape Epic, na África do Sul.

“Em 2008, quando eu estava treinando com a Jaque [Mourão], ela estava indo para os Jogos Olímpicos e eu para a copa. Ainda não havia muitas divisões, era 30 anos para cima e 30 anos pra baixo. E  eu fui para a etapa de Araxá. Na mesma prova, tinha uma menina Sub 23 que também chama Raquel.  Após a corrida, quando ouvi o locutor anunciando “Raquel” como a vencedora, eu pensei que ele falava da Keka, da Raquelzinha. Depois que eu vi que era eu”, conta.

 

Siga nossos canais

A CIMTB Michelin conta com vários canais de comunicação. Você pode acompanhar nosso podcast, que já está na 96ª edição, em qualquer plataforma. Basta buscar por “cimtb”. Também temos nosso instagram, no @cimtb. Ou então, você pode escolher receber nossa newsletter semanal, com o resumo das últimas notícias. Para se inscrever, é só clicar neste link e preencher seu nome e e-mail.

CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

A Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).