Lendas CIMTB Michelin: Evaristo Almada, o Vavá

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Ninguém constrói nada sozinho. E a Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin) não foge à regra. Para realizar os eventos com a qualidade que oferece, é preciso ter uma equipe de ponta, que gosta e se dedica ao trabalho. O primeiro membro dessa equipe foi Evaristo Almada, o Vavá, que trabalha no evento desde 1996, quando a CIMTB Michelin ainda se chamava Pedra do Sino Open. O episódio especial do Lendas da CIMTB Michelin desta semana traz este ícone que ajudou a moldar o que a copa se tornou hoje, 25 anos depois.

“Naquela época eu já trabalhava com som, e eu que fiz a instalação desse primeiro evento em Pedra do Sino, no Hotel Fazenda. Mas, nesta primeira vez, ainda não fui eu quem fiz a locução”, lembra Vavá. Quem acabou fazendo o trabalho foi o organizador do evento, Rogério Bernardes, depois que o locutor oficial não compareceu ao local.

Ele conta que conheceu Rogério por meio do pai dele, José Bernardes, quando ele abriu o hotel fazenda em Carandaí. Ele começou operacionalizando o sistema de som de eventos no local, e posteriormente foi convidado para os eventos esportivos.

“Rogerio é um cara muito interessante porque tem duas características que fazem a diferença. Primeiro que ele dá oportunidade para todo mundo, e foi assim comigo também. E segundo é que ele ensina as pessoas a trabalharem com qualidade. Muita gente acha que nós, da equipe, somos enjoados, mas é porque a gente se acostumou a fazer as coisas com qualidade”, conta Vavá.

“Nossa equipe é um orgulho para mim. Considero todos que estão nela meus companheiros, meus irmãos. A confiança é total em cada um que faz parte dela. Falando em particular do Vavá, é um grande amigo e sobre o atendimento que ele dá a todos, isso dispensa comentários. É um “gentleman” em pessoa. Além disso, é meu companheiro de viagem e de quarto”, conta Rogério.

Além da CIMTB Michelin, Vavá já organizou outros eventos em parceria com a equipe da copa, como os três eventos de downhill realizados nas três maiores cidades históricas de Minas Gerais: o Desafio dos Profetas, em Congonhas, o Desafio da Mina de Ouro, em Mariana e o Desafio das Cruzes, em Ouro Preto.

Vavá avalia que, no Brasil, é muito difícil que esportes como o mountain bike tenham acesso à grande mídia, por conta da hegemonia do futebol na programação, mas que é possível quebrar essa barreira, como foi o caso dos três desafios.

“Eu trabalhei feito um louco nessas corridas. Não podia deixar nenhum cabo à mostra por causa da transmissão. Mas valeu a pena, o resultado foi excelente. O evento foi transmitido pela Rede Globo e teve três picos de audiência. Foi muito gratificante ver a equipe da Globo comemorando de pé o sucesso da audiência”, conta.

De acordo com ele, de alguns anos para cá, liderados pela CIMTB Michelin, alguns eventos nacionais passaram a ter uma organização profissional, como esses, por exemplo. “Com a profissionalização, os patrocinadores começaram a ter confiança para investir nos eventos. Isso acabou aumentando o patrocínio para os atletas e equipes, o que gera um consumo maior de produtos de ciclismo, que retorna para as fábricas e para os patrocinadores. Então, é um ciclo muito virtuoso que vivemos na copa há algum tempo”, diz Vavá

E para que isso aconteça, ele diz ser essencial que a equipe esteja sempre trabalhando com muita seriedade. “A semente dessa qualidade é você organizar um evento sério. Que cumpre horários, que segue todas as regras à risca, independente de quem for o atleta ou a equipe”, explica.

Com a visão de mais de duas décadas de casa, Vavá acredita que a CIMTB Michelin chegou num nível muito alto, mas que como sempre, ainda há o que melhorar. “As pistas sempre melhoram de ano a ano. Muito porque a nossa equipe, e o Rogério principalmente, sabe escutar os atletas. O atleta tem que ter tudo para que ele se concentre em dar o melhor na pista”, comenta. “ E a partir de agora, eu acredito que a gente possa aumentar os eventos, para acolher bem a família dos competidores as pessoas que vêm acompanhar e prestigiar as corridas”.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentará ainda mais sua relevância internacional com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

Michelin

Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).