Raquel Gontijo e Jaqueline Mourão estão entre as inúmeras mulheres que com muita luta, conseguiram seu espaço no cenário do Mountain Bike.
Atualmente várias mulheres competem nos mais altos níveis e em todas as categorias do Mountain Bike, ganhando medalhas e deixando seus nomes gravados na história do esporte, mas saiba que nem sempre foi assim. Foram anos de luta para que as mulheres tivessem oportunidades e tivessem categorias reconhecidas nos órgãos de regulamentação do MTB. A CIMTB Michelin foi uma das pioneiras na inserção do cenário feminino nas provas, e também na divisão de categorias. Em 2020, a Copa teve um aumente de cerca de 50% no número de inscrições de mulheres. Uma das responsáveis por contribuir com esse crescimento é Raquel Gontijo, a atleta que deu suas primeiras pedaladas há 18 anos relata algumas dificuldades enfrentadas, e como ela ajudou a transformar o esporte por meio da luta feminina por espaço e igualdade.
“O esforço para garantir um espaço para as mulheres dentro do Mountain Bike é grande, quando eu comecei existia só categoria Elite no Brasil e não tinha MTB para mulher, não tinha nem roupa adequada para nós. Eu tinha 42 anos quando comecei e tinha que pedalar sempre com a Elite, mesmo já sendo filiada eu não me sentia integrada”, contou.
A partir daí, Raquel iniciou um movimento para criar uma categoria amadora dentro do MTB e também adequada por idades para que ela e outras competidoras tivessem as melhores condições. “Os organizadores já não me aguentavam mais, pois sempre fui insistente. Com o crescimento do esporte e consequentemente da participação feminina, fomos conseguindo que as provas abrissem espaço com o nome de amador. A CIMTB Michelin foi pioneira na criação dos espaços femininos. Em 2006 comecei a competir no amador feminino, porém somente em 2018 tivemos a regularização da Confederação Brasileira de Ciclismo – CBC”, relatou.
Raquel não parou de pedalar, e com isso conseguiu várias títulos antes do tão esperado reconhecimento. “Quando eu era filiada na elite, eu competia no campeonato mundial fora do Brasil, mas aqui eu não tinha esse lugar. Em 2012 o Brasil sediou o Campeonato Mundial Master sem ter as categorias femininas Master regulamentadas. Fui vice Campeã Mundial Master, fui medalha de bronze no Mundial Master, fui vice campeã pan-americana Master e três vezes medalha de bronze, isso ainda quando o Brasil não tinha categoria Master Feminina”, explicou.
Atualmente as categorias femininas possuem inúmeras filiações, entre elas a Master de 30 a 40 anos, de 40 a 50 e acima de 50. “A CIMTB já estava com tudo pronto, e quando eu larguei em um evento deste nível, dentro do Master adequado para minha idade, e finalmente reconhecida pela CBC, foi uma emoção enorme”, lembrou.
Raquel lembra ainda que algumas dificuldades são culturais, entretanto os padrões estão sendo quebrados graças a força de vontade e pioneirismo das mulheres que ousam a pensar diferente, seja no esporte ou em qualquer outra área.”Nós mulheres não somos criadas para nos aventurar ou nos arriscar, somos criadas para ter medo como se fossemos frágeis. O dia em que percebermos que não existe limite, que não existe o medo, a partir disso conseguiremos transformar o mountain bike em algo libertador”, disse.
Pioneira
A atleta Jaqueline Mourão foi a primeira mulher a representar o Brasil nas Olimpíadas, é campeã mundial, campeã da Copa Internacional em 2006, reconhecida cinco vezes como a melhor atleta do Mountain Bike pelo Comitê Olímpico Brasileiro e também teve um papel importante na consagração das mulheres no cenário mundial das bikes.
“Tive pessoas que me inspiraram muito e acompanhei de perto essa evolução. Hoje acredito que já temos o nosso lugar no MTB. O que eu deixo para as meninas que estão começando agora é de acreditar em si mesma, curtir e sentir amor pelo esporte, competir, desafiar a si mesma e nunca se comparar pois cada vitória terá um gosto especial. Nós somos metade da população mundial e porque não nos esportes?”, concluiu.
Michelin
A Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tonar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.
Sense Bike
Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Com o objetivo inicial de atender às demandas voltadas para a mobilidade urbana, tornou-se referência no mercado no desenvolvimento de bicicletas elétricas. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal). A marca também é patrocinadora de uma das equipes mais importantes do MTB nacional – a Sense Factory Racing, que já conquistou grandes títulos em competições nacionais e internacionais.
CIMTB Michelin 2020
A CIMTB Michelin conta pontos para o ranking mundial, da União Ciclística Internacional (UCI), fazendo parte do ciclo Olímpico Tóquio 2020, ranking Brasileiro e estaduais.
Copa Internacional de Mountain Bike comemora a 25ª Edição em 2020. O evento tem patrocínio da Michelin, o pneu oficial da competição, e Co-Patrocinio da Sense Bike. Use a hashtag #CIMTBMICHELIN e concorra a prêmios.