A convidada do “Lendas CIMTB” desta edição é uma ciclista bastante conhecida de nós brasileiros. Trata-se de Agustina Apaza, também conhecida carinhosamente na Argentina como Agu. Hexacampeã argentina no Cross Country Olímpico (XCO), Agustina já conquistou quase 25 títulos de campeã nacional na carreira. Em um bate-papo, ela conta um pouco de sua história e relembra momentos na CIMTB, desde a sua primeira participação em maio de 2012, na cidade de São Lourenço (MG).
1) Como começa sua história esportiva? Havia outros esportes antes do ciclismo?
O esporte é uma constante na minha vida. Quando eu era pequena minha mãe procurava atividades para me divertir porque eu não conseguia ficar parada. Fiz balé, natação, ginástica artística, atletismo, vôlei… De tudo um pouco!
2) Como a bicicleta entra na sua vida? Conte-nos sobre os primeiros anos…
A bicicleta sempre esteve ao meu lado, mas não ainda a nível competitivo, desde os 8 anos, quando tive a minha primeira bicicleta de estrada. Sempre foi a minha companheira, o meu meio para me deslocar de um lado para o outro, ir à escola, na casa dos amigos e nos finais de semana pedalar com meus irmãos, minha mãe e amigos.
3) Como a bicicleta mudou de um simples esporte para sua profissão?
Comecei a competir no mountain bike, digamos quase por “acidente”. Quando terminei a universidade e voltei para minha província, tinha muito tempo livre, então estava procurando trabalho e andando de bicicleta. Conheci o Professor “Casas” e juntei-me ao seu grupo, pouco a pouco até às saídas para pedalar e depois cheguei a uma corrida. A bicicleta, diria eu, “absorveu-me” porque deixou de ser um hobby para se tornar o centro da minha vida. Hoje minha vida, meus horários e atividades giram em torno disso, mesmo tendo meu trabalho e horários a cumprir, anseio por aquele momento na bicicleta todos os dias como o melhor do meu dia.
Agustina na sua única participação em São João del-Dei (Crédito: Bruno Fernandes/Noispedala)
4) Quais os principais resultados que você tem em sua carreira?
Minha história anda um pouco “ao contrário”. Depois de ser campeã pan-americana e mundial de máster em 2010, decidir a partir daí, buscar maiores desafios e voltar para a elite. Decisão que mantenho até hoje apesar dos meus 43 anos. Na categoria elite, sou 6 vezes campeão nacional de XCO e entre todos os títulos nacionais eu somo perto de 25. Internacionalmente, tenho duas medalhas pan-americanas de prata e uma de bronze, medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos e duas de prata. Segundo lugar no Cape Epic e vencedora inúmeras vezes de provas clássicas argentinas. Atualmente, sou integrante da Seleção Argentina de MTB.
5) E a CIMTB? Quantas vezes você já competiu aqui no Brasil? Você tem esse número em mente ou desde quando vem ao nosso evento? Você se lembra das cidades que estiveram na Copa?
Acho que já perdi a conta das vezes que fui ao Brasil para competir na CIMTB. A primeira foi em 2012 e sempre que vou, fico ansiosa para poder voltar!! Minha primeira participação, em São Lourenço (MG), realmente me mostrou outro tipo de competição do que eu estava acostumada. Foi um salto de qualidade, de organização, de nível de competição, de valorização do corredor, do público! Estive em São Lourenço, Araxá, São João Del Rei e Petrópolis.
*Nota da redação: Agustina já competiu nove vezes na CIMTB. Os resultados você confere abaixo, logo após a entrevista.
6) Você tem alguma lembrança especial em alguma edição do CIMTB?
Araxá é uma das minhas corridas favoritas, tento ir todos os anos porque gosto. A primeira vez fiquei muito impressionada. O número de corredores e ainda mais o número de espectadores. Era algo que não tinha vivido antes. O ambiente, o local, a organização impecável, um evento de primeira classe, que quero voltar sempre. Em poucos lugares você pode viver algo assim. Uma prova única! Desde a minha primeira participação sempre quis voltar e poder vencer, algo que consegui fazer (2017). E, mesmo assim, ainda quero voltar a cada ano.
7) O que você diria sobre a organização do CIMTB?
A CIMTB é um exemplo na América Latina. Espero que muitos organizadores copiem esse modelo. Tem um alto padrão, cuidando de todos os detalhes e fazendo um evento de primeira. Vimos isso com a Copa do Mundo em Petrópolis, que esperamos que possam repetir futuramente. Assistimos a uma das melhores Copas do Mundo e tem que voltar para o Brasil!!! O Rogério é um grande amigo, uma excelente pessoa, sempre me recebeu com o melhor, preocupado em proporcionar o melhor ao corredor. Quando você está na CIMTB, você se sente valorizado, cuidado e muito amado. Como não querer voltar a cada nova edição?!
Agustina em 2017, ano que venceu em Araxá (Crédito: Thiago Lemos/Pedal.com.br)
8) O que o ciclismo representa na sua vida?
O ciclismo é minha vida, minha paixão. Sou economista de profissão, mas ciclista de coração! O ciclismo, e em particular o MTB, permitiu-me alcançar alto rendimento, conhecer o mundo, representar o meu país e conhecer o meu companheiro de vida. O que mais posso pedir?!
10) E para os próximos anos, o que você quer fazer em um futuro mais distante?
Essa é uma questão que ainda não estou totalmente esclarecida. Que a bicicleta continue a surpreender-me! Estarei sempre ligada a uma bicicleta, com a ideia também de poder passar o que aprendi e as minhas experiências, de forma a ajudar os mais novos a treinarem e percorrerem este belo caminho.
As participações de Agustina na CIMTB:
1) Etapa 2 de 2012 – São Lourenço (MG)
2º lugar no XCO
2) Etapa 1 de 2015 – Araxá (MG)
4º lugar no SHC após 3 etapas
3) Etapa 2 de 2015 – São João del-Rei (MG)
1º lugar no XCO
3º lugar no XCE
4) Etapa 1 de 2016 – Araxá (MG)
4º lugar no SHC após 3 etapas
5) Etapa 1 de 2017 – Araxá (MG)
1º lugar no SHC após 3 etapas
6) Etapa 1 de 2018 – Araxá (MG)
3º lugar no SHC após 3 etapas
7) Etapa 1 de 2019 – Araxá (MG)
2º lugar no SHC após 4 etapas
8) Etapa 1 de 2020 – Araxá (MG)
3º lugar no SHC após 4 etapas
9) Etapa 1 de 2022 – Petrópolis (RJ)
16º lugar no XCO (3ª melhor sul-americana)
Sobre a CBMM
Líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio, a CBMM possui mais de 400 clientes, em 50 países. A companhia fornece produtos e tecnologia de ponta aos setores de infraestrutura, mobilidade, aeroespacial, saúde e energia. Fundada em 1955, em Araxá, Minas Gerais, a CBMM apoia iniciativas que visam o desenvolvimento socioeconômico, cultural e esportivo nos locais onde atua, buscando beneficiar essas comunidades e auxiliar na formação das próximas gerações. Para mais informações, visite: cbmm.com/pt/media-center.
História da CIMTB
A organização da CIMTB realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024. Em 2022, a CIMTB aumentou ainda mais sua relevância internacional, com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo Mercedes-Benz de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1996, primeiro ano do MTB em Olimpíadas.
Mais informações sobre a CIMTB:
Site: https://www.cimtb.com.br
Instagram: http://www.instagram.com/cimtb
Facebook: http://www.facebook.com/cimtb/
Twitter: http://www.twitter.com/cimtb_
Assessoria de Imprensa
Gustavo Coelho
press@cimtb.com.br