Em entrevista exclusiva, o belga Frans Claes fala da emoção de vencer a CIMTB Ele chegou ao Brasil tímido, sem fazer muito alarde. Durante o fim de semana da grande final da CIMTB, Frans Claes, atleta da Bélgica mostrou toda sua qualidade técnica e demonstrou que foi a Bahia para brigar por um lugar no pódio, e foi exatamente isso que ele fez.
Durante a prova Contra Relógio, realizada no dia 4 de outubro, o belga já chegou dando trabalho as feras brasileiros e levou o segundo lugar. Já na manhã de sábado, 5 de outubro, o atleta sentiu um pouco mais de dificuldade em pedalar no campo de golfe, palco do Short Track. Frans suou bastante a camisa e conseguiu administrar bem a prova. Apesar do esforço durante os quase 30 minutos de competição, o atleta terminou em 5º lugar.
A grande surpresa aconteceu durante a última prova da etapa do Sauípe. No domingo, 6 de outubro, mais de 300 atletas encararam uma competição no formato maratona de MTB. Apesar de sentir muito o calor e não se identificar com o estilo do circuito, o belga conseguiu pedalar durante grande parte da disputa na 2ª colocação, e no final, ultrapassou Henrique Avancini e conseguiu levar o 1º lugar para a Bélgica.
Em um bate papo exclusivo com a CIMTB, Frans Claes no conta um pouco sobre a emoção de vencer uma prova no Brasil, além da dificuldade em pedalar com as feras do MTB nacional.
CIMTB: Frans, em sua primeira visita ao Brasil, você conseguiu vence a maior prova de MTB da América Latina. Descreve essa emoção.
Para mim, foi a minha primeira grande vitória na minha carreira. Eu comecei a correr o MTB quando eu tinha 25 anos de idade. Todos os anos eu venho buscando aperfeiçoar minhas qualidades, mas até agora eu não tinha conseguido vencer uma corrida UCI. Desde agosto eu comecei competir com uma equipe de ciclismo profissional (Crelan – Eufonia) e a participação em corridas de rua profissionais me fez mais forte e mais rápido. Esta vitória significa muito para mim e durante o próximo inverno eu vou trabalhar muito duro para conquistar outras vitórias em corridas de MTB de alto nível.
CIMTB: O que você achou do nível técnico da prova?
Para mim, o nível técnico da pista foi muito bom, embora seja totalmente diferente das corridas européias, talvez por causa do mar e também de passar por diferentes superfícies como poeira, areia e coqueiros.
CIMTB: Qual foi a sua maior dificuldade durante o percurso?
Eu senti muito calor durante toda a prova. Então as duas principais dificuldades para mim foram o calor e umidade, além do fato de não conhecer os concorrentes.
CIMTB: O que você achou do nível técnico dos atletas brasileiros?
É difícil julgar se os brasileiros são bons baseados em apenas uma corrida, mas a primeira impressão é que eles estão no mesmo nível do resto do mundo.
CIMTB: Você está acostumado a correr em diversas provas pela Europa. A CIMTB está no mesmo nível de qualidade e técnica?
Etapas da Copa do Mundo como Houffalize (Bélgica) são definitivamente mais técnica e mais exigente por causa da elevação. Mas a qualidade da CIMTB é, sem dúvida, comparável. CIMTB: Você pretende voltar ao Brasil para participar de outras edições da CIMTB? Sim, com certeza. Os bikers brasileiros me contaram sobre as outras corridas no Brasil e eles estavam muito entusiasmados com isso. Então eu espero estar de volta ao Brasil no ano que vem já.