Lendas da CIMTB Michelin: Jaqueline Mourão

Por Pedro Parisi, de Belo Horizonte

Para se tornar uma lenda, é preciso ter um caráter e uma história de vida irretocáveis. E alguns atletas, como Jaqueline Mourão, parecem ter nascido para transformar o esporte que praticam. No caso dela, até mais de um. No segundo capítulo da série Lendas CIMTB Michelin, confira a história dessa atleta veterana, que se confunde com a da Copa Internacional de Mountain Bike.

Com sua longa carreira, acompanhou muito de perto a evolução da Copa Internacional Michelin de Mountain Bike (CIMTB Michelin). Ela competiu nos eventos embriões da CIMTB Michelin, antes mesmo de adotar a nomenclatura atual. “Eu conheço o evento desde antes da Copa Ametur, e participei de quase todas as etapas desde a primeira em 1996 até 2008”, lembra Jaqueline.

Além de ser a primeira brasileira da história do mountain bike a se classificar para as Olimpíadas, em Atenas 2004, Jaqueline também fez história no Esqui Cross-Contry e Biatlo, se tornando a primeira atleta do Brasil a competir nos jogos olímpicos de inverno entre 2006 e 2018 e nos Jogos de Verão.

Ela conta que voltou ao Brasil em 2003, após uma temporada na Europa competindo e participando de um estágio no Centro Mundial de Ciclismo (CMC) em Aigle (Suíça), e venceu uma etapa da CIMTB Michelin. “Me lembro de eu voltando da Europa, do centro mundial de ciclismo, e competindo na Pedra do Sino, isso foi muito importante pra mim. Claro que naquele ano eu não levei o campeonato, mas eu venci a prova, e foi muito legal poder estar de volta ao Brasil com uma vitória”, diz.

Entre 2003 e 2008, quando deu uma longa pausa na carreira, Jaqueline foi 8ª colocada no Campeonato Mundial de Maratona, em 2003, na Suíça e campeã da Copa do Mundo de Maratona em 2005, no Canadá. Ela também foi quatro vezes campeã brasileira de XCO (2003-2005-2006-2008), e se tornaria pentacampeã com o título de 2018, quando retornou ao esporte depois de passar 10 anos se dedicando ao Esqui e às olimpíadas de inverno.

“Uma memória importante para mim, que aconteceu um pouco antes de eu me aposentar, foi a vitória na etapa de Araxá, em 2008. A CBC tinha acabado de criar um novo critério classificatório para os Jogos Olímpicos, no mesmo ano das classificatórias olímpicas. Me lembro que fiquei com muita raiva e eu andei muito nessa corrida. Quando eu cheguei, mesmo sendo uma pessoa muito pacata, acho que transbordaram muitas emoções, eu dei um grito, que muita gente sente na alma até hoje”, desabafa.

Jaqueline com a camisa de campeã brasileira em Araxá, 2019. Foto: Fábio Piva

O retorno de Jaqueline para a CIMTB Michelin foi em 2019, quando venceu a competição geral, com muita emoção. “Ter voltado depois de ter estado meio de mal, com o MTB durante alguns anos foi muito importante. Então, ter tido essa vitória em Congonhas… essa vitória foi incrível. Esse título de 2019 foi magico”, conta.

“E receber o troféu das mãos do Rogério [Bernardes, organizador do evento] me emocionou muito. O Rogério é muito importante para o crescimento do mountain bike. Ter um campeonato tão importante e sólido no nosso país foi super importante para todos nós. Tivemos discussões muito construtivas no início desse desenvolvimento, e o Rogério sempre foi muito aberto a entender todos os lados. As histórias se misturam. A minha como atleta e a da CIMTB como evento”, completa.

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CIMTB Michelin 2021

A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI)  desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos Ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1992.

 Michelin

A Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega 114.100 pessoas em todo o mundo e dispõe de 70 centros de produção implantados em 17 países diferentes que fabricaram 190 milhões de pneus em 2017.

Sense Bike

Parte da Lagoa Participações, a Sense Bike foi criada em 2009, com o sonho de construir uma marca de bicicletas feita por apaixonados para apaixonados, com padrão internacional, foco em desenvolvimento e indústria de ponta. Em 2014, foi inaugurada a fábrica em Manaus, que possibilitou o início da produção de quadros, bem como a montagem de bicicletas elétricas e convencionais (mountain bike, urbana e road), com o que existe de mais inovador em tecnologia. Em abril de 2018, a Sense Bike comprou a Swift Carbon Global, importante fabricante mundial de bikes em fibra de carbono, com operação industrial na cidade do Porto (Portugal).