Lendas CIMTB: Sherman Trezza

Complementando a sessão “Lendas CIMTB Michelin” com os campeões brasileiros de E-Mountain Bike na modalidade XCO (Cross Country Olímpico), o entrevistado dessa vez é o ciclista Sherman Trezza. O atleta de 33 anos iniciou a carreira em sua cidade, Lambari, uma estância hidromineral e faz parte do Circuito das Águas de Minas Gerais. Na época, entrou para a equipe do município e aos poucos foi conquistando seu espaço.

A primeira etapa que Sherman competiu na CIMTB Michelin foi há pouco mais de 20 anos. Foi em maio de 2002 que ele estreou na principal competição de mountain bike da América Latina, terminando em quarto lugar na etapa de Santa Luzia (MG). Daí em diante, Sherman só cresceu na carreira, colecionando títulos importantes nas mais diversas categorias e competições do esporte.

Sherman no Brasileiro
Sherman durante o Brasileiro de E-Bike (Crédito: Ultrafotos)

1) Como tua história no ciclismo começa?
Iniciei no esporte com 12 anos de idade, integrando a equipe Lambari Iron Team, que já tinha um histórico no mountain bike e estava presente nos principais eventos nacionais. Comecei a ver o pessoal treinando e isso me despertou certa curiosidade. Pedi ao treinador por um espaço na equipe e então comecei a treinar.

2) Antes do ciclismo, chegou a praticar outros esportes?
Sim, pratiquei natação, futebol, atletismo, mas despertei minha paixão pelo esporte quando fiz o meu primeiro treino de bike com a equipe.

3) E tua história com a CIMTB? Lembra-se do primeiro ano que competiu no evento? Em qual categoria estava à época?

Comecei a competir na CIMTB logo no início da minha carreira, entre os anos 2002 e 2003, na categoria infanto-juvenil. Na época a prova se chamava Copa Ametur de MTB e já era uma referência dentro do cenário nacional.

4) Tem de cabeça os resultados que foram os mais expressivos nas dezenas de vezes que participou de etapas da CIMTB?
A CIMTB sempre foi um dos principais eventos do Brasil e o nível dos atletas sempre foi muito alto. Confesso que demorei anos para figurar nas primeiras posições dentro das categorias. Conquistei meu primeiro título na categoria júnior. Me lembro que nesse ano venci três etapas de XCO e conquistei um P3 na etapa de XCM, ficando com o título geral.

Na categoria elite, ano após ano busco me manter na disputa. Em 2017, conquistei o vice-campeonato na categoria elite. Me lembro também que venci o primeiro XCC realizado em Araxá e esse título foi marcante. A conquista mais recente foi uma vitória do Short Track na etapa de Congonhas.

Vitoria em Congonhas
Vitória no XCC da etapa de Congonhas em 2021 (Crédito: Divulgação)

5) E na sua carreira, quais os principais feitos conquistados até hoje?
Entre os principais títulos posso destacar:
– Campeão Brasileiro de E-MTB
– Medalha de prata no Campeonato Panamericano de XCM
– Campeão Brasileiro de XCM
– 2x Campeão Mineiro XCO
– Campeão Mineiro XCM
– Campeão Pan-Americano XCO Sub23

6) Sobre a organização da Cimtb, qual avaliação você faz? Poderia dizer se está no patamar de outras provas internacionais?
Tive o privilégio de acompanhar a evolução do MTB nacional nos últimos anos e junto a ele ver a contribuição direta da CIMTB dentro desse processo. Acompanhei a evolução das pistas, equipamentos, o número de marcas e equipes envolvidas, público nas provas, o nível dos atletas alinhados durante as etapas, a conquista de classes na UCI, entre outros.

A linha de organização do evento sempre surpreendeu e o profissionalismo com certeza é um diferencial do Rogério Bernardes e equipe. Eles sempre buscam evoluir e entregar o melhor para toda a comunidade do ciclismo. A etapa de Araxá se tornou uma clássica dentro do cenário e ela resume a proporção que o evento tomou. Na minha opinião, a Copa supera o patamar de grandes eventos internacionais.

7) Recentemente você participou pela primeira vez do Brasileiro de E-MTB… Um dia, com o aumento do número de praticantes, pode ser o futuro da modalidade?
Não diria o futuro da modalidade, mas enxergo uma grande margem de crescimento da categoria, principalmente fora das competições. A E-bike é uma ferramenta incrível para inserir as pessoas em nosso esporte. Com ela conseguimos equilibrar o nível dos praticantes, explorar lugares e trilhas com mais facilidade, com as sensações e a diversão que só a bike consegue proporcionar.

No âmbito competição, fiquei surpreso com o processo de adaptação necessário para andar rápido com a bicicleta. Diferente do que muitos pensam, a bike exige muito fisicamente, além de concentração e uma boa técnica para conseguir andar em alta velocidade durante todo tempo.

8) O Sherman atleta é satisfeito com tudo o que fez até hoje no esporte? Se pudesse, voltaria atrás em algo e faria diferente?
Sim, satisfeito com o que realizei até aqui diante das ferramentas e suporte que tive a minha disposição. Porém, triste com a dificuldade que enfrentamos para ser um atleta profissional no país. Infelizmente não somos reconhecidos pelo trabalho que realizamos. Simplesmente fazemos por amor ao esporte. Espero que essa realidade possa mudar e que as gerações futuras tenham mais oportunidades para viverem o teu sonho. Temos muito potencial por aqui, mas para evoluir e atingir o alto nível mundial precisamos de mais apoio e suporte.

9) O que o ciclismo representa para você? Daqui anos, quando não for mais profissional, pretende manter alguma atividade relacionada a bike?
Até aqui o ciclismo representa a minha vida. Escolhi esse caminho e apesar das dificuldades para me manter como atleta não me arrependo. Tinha um sonho de ser um atleta profissional de MTB e conquistei esse objetivo. O ramo da bicicleta abre certo leque de atuação para ex-atletas continuarem envolvidos no ramo. Ainda nada definido, mas seria um prazer no futuro retribuir ao esporte um pouco do que recebi, e repassar um pouco do conhecimento que adquiri em mais de 20 anos de carreira.

Sobre a CBMM
Líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio, a CBMM possui mais de 400 clientes, em 50 países. A companhia fornece produtos e tecnologia de ponta aos setores de infraestrutura, mobilidade, aeroespacial, saúde e energia. Fundada em 1955, em Araxá, Minas Gerais, a CBMM apoia iniciativas que visam o desenvolvimento socioeconômico, cultural e esportivo nos locais onde atua, buscando beneficiar essas comunidades e auxiliar na formação das próximas gerações. Para mais informações, visite: cbmm.com/pt/media-center.

Sobre a Michelin
A Michelin, líder do segmento de pneus, se dedica ao desenvolvimento da mobilidade de seus clientes, de forma sustentável, criando e distribuindo os pneus, serviços e soluções mais adequados às suas necessidades; fornecendo serviços digitais, mapas e guias, para ajudá-los a tornar suas viagens experiências únicas; e desenvolvendo materiais de alta tecnologia, que atendem à indústria da mobilidade. Sediada em Clermont-Ferrand (França), a Michelin está presente em 170 países, emprega mais de 123.600 pessoas em todo o mundo e dispõe de 71 centros de produção implantados que fabricaram cerca de 170 milhões de pneus em 2020. (www.michelin.com.br).

História da CIMTB Michelin
A organização da CIMTB Michelin realizou sua primeira prova em 1996. Desde então, vem inovando e contribuindo ativamente para o crescimento e fortalecimento do mountain bike e o mercado de bicicletas no Brasil. Contando pontos para o ranking mundial da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2004, a CIMTB Michelin tem sido seletiva para os Jogos Olímpicos nos ciclos de Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024. Em 2022, a CIMTB Michelin aumentou ainda mais sua relevância internacional, com a realização da etapa de abertura da Copa do Mundo Mercedes-Benz de Mountain Bike 2022, em Petrópolis. Além disso, foi responsável pela construção da pista de mountain bike dos Jogos Olímpicos Rio 2016, considerada uma das melhores da história dos Jogos desde 1996, primeiro ano do MTB em Olimpíadas.

Mais informações sobre a CIMTB Michelin:
Site: https://www.cimtb.com.br
Instagram: http://www.instagram.com/cimtb
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Twitter: http://www.twitter.com/cimtbmichelin

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Gustavo Coelho
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