Campeão 2015 da CIMTB Levorin em Araxá e 1º lugar no Pan Americano, Avancini pedala mais de 1000 km por semana

Crédito: Alvaro Perazzoli / Ag.Laborazol

Avancini diz pedalar 1000 km por semana em treinos Crédito: Alvaro Perazzoli / Ag.Laborazol

Campeão 2015 da CIMTB Levorin em Araxá e 1º lugar no Pan Americano, Avancini pedala mais de 1000 km por semana. As 24 horas do campeão Pan Americano, Henrique Avancini, são de preparação no Mountain Bike. O atleta que irá competir na primeira etapa da Copa Internacional Levorin de Mountain Bike em Araxá, entre os dias 4 e 6 março, já está com a vaga garantida nos Jogos 2016. Será a estreia dele em Jogos Olímpicos, e hoje, segundo Henrique, chega a pedalar mais de 1000 km por semana em busca de bons resultados. Henrique, atualmente o 15º melhor no ranking da União Ciclística Internacional (UCI), já é veterano na CIMTB Levorin, participa da prova desde há 16 anos e foi campeão da etapa de Araxá em 2015. Este ano, Avancini, está determinado a correr em busca do Bicampeonato.

Este é o segundo ano que a prova é realizada em nível mais alto, na classificação SHC ou Stage Race Hors Class, grau concedido pela União Ciclística Internacional (UCI). Com isso, a etapa soma até 160 pontos no ranking mundial da UCI para o campeão.

“Ano passado a corrida foi uma loucura. Apesar de ser uma competição de 3 dias, as etapas são curtas e intensas, portanto é necessário achar um equilíbrio para estar rápido nos três dias. Meu maior objetivo é a vitória na classificação geral em 2016. Teremos uma boa participação de atletas estrangeiros e será uma grande disputa”, comentou.

De acordo com o atleta, a primeira etapa da CIMTB Levorin está entre as prioridades no calendário dele. “Araxá é o maior espetáculo do calendário nacional. É sempre ótimo competir com o calor e pressão do público que só encontramos em Araxá. Ano passado venci no geral, mas foi por pouco. Quatro dias antes eu havia competido em uma prova SHC de quatro dias no Chipre com grandes nomes do circuito mundial e terminei com a bela 2ª colocação. Encarei a viagem de 30 horas pra voltar e o fuso horário de 6 horas. Foi muito difícil achar o ritmo necessário para desempenhar bem, e apesar de ter vencido, não consegui andar da maneira como gostaria. Esse ano, preferi não competir no Chipre e dar mais atenção a Araxá. Acho que o público merece assistir um espetáculo por parte dos atletas e quero andar bem melhor esse ano”, afirmou.

Para o organizador da CIMTB Levorin, Rogério Bernardes, ver atletas que cresceram junto com o evento é a realização de uma meta. “O Henrique compete conosco há muitos anos e sempre se destacou em todas as categorias. O sucesso dele hoje é fruto de muitos anos de dedicação e servirá de inspiração para atletas mais jovens que estão começando agora no mountain bike”.

Carreira
A rapidez de Henrique Avancini vem no nome e o mountain bike é herança de família. O pai era proprietário de uma loja de bicicletas e construiu a primeira magrela do atual campão Pan-Americano com peças de sucatas da oficina. A bike durou apenas dois anos, até que Avancini quebrou o quadro ao meio ao passar reto em uma curva.

Apesar de crescer em meio ao esporte, o atleta chegou a cursar Direito, mas desistiu depois de um convite de uma equipe europeia. “Minha carreira foi muito progressiva. Como comecei muito cedo, cresci como pessoa e atleta ao mesmo tempo. Meu maior objetivo nunca foi ser profissional, mas eu tinha e ainda tenho, verdadeira paixão pelo MTB. Isso é o que continua me motivando a seguir trabalhando e buscando a evolução. Em 2009 quando fui contratado por uma equipe europeia, tranquei a faculdade de Direito e segui realmente como ciclista profissional e agradeço a Deus todos os dias por ter escolhido essa estrada”, afirmou.

Com o maior evento esportivo do mundo marcado no calendário de Henrique, os Jogos Olímpicos, a maratona de treinos de Henrique Avancini chega a mais de 1000 km pedalados por semana. “Minha preparação engloba todo o meu dia. Não é apenas o tempo que estou em cima da bike. Desde quando acordo, tudo é pensado no ganho de performance. No nível atual a preparação tem que durar 24 horas por dia. Nos últimos anos passei por um longo processo de preparação para conseguir suportar a carga de treinos que faço hoje. Atualmente posso afirmar que minha carga é fora do padrão quando comparada aos melhores atletas do mundo. Não me vejo como um grande talento, mas hoje sei que tenho a preparação suficiente para treinar mais arduamente que qualquer outro atleta e esta é minha aposta para chegar ao nível dos melhores”, disse.

De acordo com o atleta, participar dos Jogos 2016 é realizar um sonho que consiste na disseminação do uso da bike no país. “Acima de tudo vejo os Jogos Olímpicos como minha maior oportunidade para fomentar o uso da bicicleta no país. Este é meu sonho. Posso garantir que estou completamente empenhado na minha preparação e que com certeza farei o melhor possível para honrar e trazer alegria para o MTB brasileiro”, completou.

Brasil nas Olimpíadas
Atualmente o Brasil está em 13º lugar no ranking da UCI. Caso o país consiga manter nessa posição, terá duas vagas masculinas. Com isso, além de Avancini, Rubens Valeriano e Ricardo Pscheidt devem disputar a segunda vaga.

“Entramos na reta final de classificação para os Jogos Olímpicos, mas a preparação já iniciou com certa antecedência, encerrei meu calendário de competições do ano passado antes do que normalmente faço, consequentemente iniciando antecipadamente os treinamentos para esta temporada, com o objetivo de estar melhor preparado para as primeiras competições deste ano, que são as provas classificatórias para os Jogos Olímpicos. Estamos também estudando quais são as competições mais satisfatórias para participar e conquistar os pontos necessários para esta classificação. Espero chegar em condições ideais para lutar por esta vaga na etapa da CIMTB de Araxá”, explicou Ricardo.

Classificação Olímpica do Mountain Bike
Ao todo, os homens terão direito a 50 vagas, sendo que 41 delas serão conquistadas através do ranking da UCI e serão divididas da seguinte forma. Os 23 melhores países colocados no ranking mundial se classificarão para o mountain bike nos Jogos 2016, sendo que, os cinco melhores terão três vagas cada um, os países entre o sexto e 13º lugar conquistarão duas vagas, já aqueles que ficarem entre o 14º e 23º terão uma vaga cada.

Ao grupo feminino serão destinadas 30 vagas, sendo que 25 delas sairão do ranking da UCI. Os oito primeiros países terão direito a duas atletas cada e os nove seguinte, um representante cada. As outras vagas, tanto do feminino quanto do masculino, serão preenchidas através de campeonatos continentais.

Com a realização das Olimpíadas entre os dias 5 e 21 de agosto, a primeira e a segunda etapa da CIMTB Levorin serão decisivas no número de vagas e representantes na modalidade da competição. O ranking olímpico fechará no dia 24 de maio de 2016.

Credenciamento de imprensa

Para credenciar a imprensa para a cobertura do evento, que será entre os dias 4 e 6 de março, em Araxá, os jornalistas interessados devem encaminhar um e-mail para press@cimtb.com.br até o dia 3 de março com as seguintes informações:

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A Copa Internacional de Mountain Bike comemora a 21ª Edição em 2016. O evento tem patrocínio da Levorin, o pneu oficial da competição e Co-Patrocinio da Audax.

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